Luxemburgo é sincero ao definir status da seleção brasileira: “Falta muita coisa”
Ex-comandante do Brasil também fez alerta sobre essência do futebol nacional presente em 1994 e 2002
Vanderlei Luxemburgo é alçado por jogadores após vencer a Copa América de 1999 com a seleção brasileira (PA Images / Alamy Stock Photo)
Vanderlei Luxemburgo pregou cautela ao abordar o triunfo da seleção contra o Peru. Ciente de que o trabalho de Dorival Júnior está em evolução, o treinador ainda vê o Brasil distante do status de favorito para a Copa do Mundo de 2026. Neste cenário, uma análise mais profunda dos rumos do futebol nacional foi sugerida.
“A seleção brasileira ganhou do Peru de 4 a 0, foi um resultado muito bom e importante. Mas as pessoas estão criticando muito, falando isso e falando aquilo… falta muita coisa para chegar em uma Copa do Mundo em condição de ganhar. Mas a análise que tem que ser feita em cima da seleção também é com o futebol brasileiro e o que aconteceu com o futebol brasileiro.”, disse Luxa, em vídeo no Instagram.
Seguindo com o discurso, Luxemburgo acredita que a seleção precisa avaliar outros jogadores presentes no Brasil. Trazendo o recorte atrelado aos títulos das gerações de 1994 e 2002, o técnico lembrou da presença maciça de atletas que estavam em atividade no futebol nacional.
“Não se tem que falar que a seleção é ruim, tem que fazer uma análise mais profunda da nossa essência do futebol brasileiro, como nós estamos e se temos realmente jogadores que jogam no Brasil que possam estar na seleção, tirando os que já estão, quantos poderiam estar.”
“Nas Copas de 94 e de 2002, nós tínhamos a base da seleção de jogadores que foram ídolos em seus clubes no Brasil. O que nós queremos do futebol brasileiro? Nós estamos perdendo jogadores (de forma) precoce, trazendo jogadores da América do Sul das seleções que estão jogando contra nós aqui.”, prosseguiu.
Luxemburgo sugere debate abrangente envolvendo a seleção
Por fim, Luxemburgo quis lamentar o modo que os treinadores brasileiros estão sendo tratados. Além disso, a falta de oportunidades para jovens promissores também foi incluída como um tópico que precisa ser abordado para que, de fato, a seleção tenha um progresso relevante em campo.
“Estamos deixando de colocar treinadores brasileiros e colocar os jogadores brasileiros jovens para jogar. Temos que fazer uma análise mais profunda do que falar que a seleção está ruim. É uma análise do que está acontecendo com o futebol brasileiro.”, concluiu.
