Vanderlei Luxemburgo se manifestou após o alerta envolvendo o nível da seleção. Embora tenha sinalizado que o Brasil está longe do ideal, o problema em questão não foi atrelado ao trabalho de Dorival Júnior. Isso porque, na visão do treinador, a essência do futebol pentacampeão do mundo está sendo perdida.
Diferentemente do passado, Luxemburgo não vê mais uma presença notável de camisas 10. Neste cenário, Paulo Henrique Ganso, visto como um dos poucos “maestros” em atividade no Brasileirão Betano, foi colocado no patamar de Alex e Djalminha, que sempre causaram um grande impacto em campo.
“O problema não é só a seleção brasileira. A seleção brasileira é o final. O problema do Brasil é na nossa raiz, na nossa essência. Não fabricamos mais jogadores como Alex, Paulo Henrique Ganso e Djalminha, que usam o talento em benefício da equipe.”, disse Luxa, em vídeo publicado no Instagram.
“O problema é nossa essência, não é questão da seleção brasileira. Nas categorias de base, é dinâmica, marcação, intensidade e preocupação tática, e não pode driblar. Caramba! E a nossa raiz? Onde está isso? Não fabricamos mais jogadores.”, acrescentou.
Seguindo com o discurso, Luxemburgo reprovou que o futebol brasileiro seja alvo de uma forte influência dos estrangeiros. Ainda que nomes como Abel Ferreira e Jorge Jesus tenham feito história em Palmeiras e Flamengo, respectivamente, o técnico segue valorizando a qualidade dos compatriotas.
“Enquanto não colocarmos ex-jogadores dentro do futebol, privilegiarmos e dar espaço para técnicos brasileiros, dar espaço para jogadores jovens, como eu faço, e não trazer só estrangeiro pra cá, nós estamos roubados. É por aí o caminho.”, afirmou.
Luxemburgo sugere mudança no futebol de Estêvão
Assumindo status de protagonista no Palmeiras, Estêvão é uma das esperanças de renovação na seleção brasileira. Diante da experiência adquirida ao longo dos anos, Luxemburgo avalia que o atacante deveria atuar mais centralizado para exercer a função de camisa 10.
“Hoje em dia, privilegiamos jogadores fortes, de intensidade e de dinâmica… você vê o Estêvão jogando hoje, que maravilha e que jogador fantástico! Pena que ele joga um pouco pelo lado do campo, deveria jogar mais por dentro e usar a criatividade dele.”, opinou.