A seleção brasileira tem alguns carrascos ao longo da sua história. Ou seja, jogadores que foram decisivos em eliminações do Brasil. E um deles é o atacante argentino Claudio Caniggia, autor do gol que eliminou a nossa seleção da Copa do Mundo de 1990, nas oitavas de final.
E o comentarista Leonardo Bertozzi, da ESPN, considera que Caniggia é um jogador superestimado, muito por conta deste gol. Ou seja, é um jogador que recebe um valor acima do que merece.
“Todo mundo acha que o Caniggia era um super craque, mas não era. Ele fez o gol que eliminou o Brasil na Copa de 90, mas se você ver a carreira dele em clubes, não teve números fantásticos. Muita gente acha que ele era grande goleador, mas não era”, disse Bertozzi ao podcast Boppismo.
“Não chegou a jogar em grandes clubes lá fora. Ele não se compara com o Batistuta, por exemplo. O Crespo também foi bem melhor, nem se compara. O Caniggia não está entre os 10 maiores atacantes argentinos que eu vi. Mas, como ele eliminou a seleção brasileira em 1990, foi carrasco… eu acho que a Copa do Mundo superestimou ele”, completou.
Ricardo Oliveira e Luís Fabiano
Na sequência, o apresentador do podcast questionou se Luís Fabiano e Ricardo Oliveira foram melhores que o argentino, só para ter uma noção do que foi o atacante.
“O Luís Fabiano e o Ricardo Oliveira foram melhores que o Caniggia?”, questionou o apresentador.
“Foi, foi! Até se pegar os números da carreira deles, foram melhores. Como goleadores, foram muito melhores do que ele. O Caniggia nem tem grandes números na carreira se você olhar bem”, justificou Bertozzi.
Carreira de Caniggia, carrasco do Brasil
Caniggia foi um atacante argentino que atuou nos anos 80, 90 e início dos anos 2000. Ele disputou três Copas do Mundo: 1990, 1994 e 2002. Em 1990, foi o autor do gol que eliminou a seleção brasileira, com passe de Maradona.
O argentino iniciou a sua carreira no River Plate, em 1985, ficando até 1988. Por lá, venceu Libertadores, Mundial de Clubes e Campeonato Argentino.
Depois, foi para o futebol europeu, onde jogou no Verona (ITA), Atalanta (ITA), Roma (ITA) e Benfica (POR), mas não conseguiu ter conquistas.
Retornou à Argentina em 1995 para jogar no Boca Juniors. Em 1999, retorna à Atalanta e, já em fim de carreira, passa pelo Dundee (ESC), Rangers (ESC) e Qatar SC (CAT), onde encerrou a carreira, em 2004.