Leila Pereira foi entrevistada pelo jornal “Metrópoles” e abriu o jogo sobre a importância do fair play financeiro no futebol brasileiro. A presidente do Palmeiras defendeu a implementação de regulamentos que impeçam os clubes de contratar atletas com valor de mercado maior do que o estipulado pela legislação. Apesar de não citar nenhum rival claramente, a dirigente alfinetou.
“Se eu for reeleita, eu vou conversar de uma forma muito séria sobre o fair play financeiro no Brasil. Isso tem que ser visto urgentemente, porque é injusto. O Palmeiras paga tudo em dia e disputa com clubes que não pagam absolutamente ninguém, mas contratam não sei como”.
A declaração de Leila Pereira foi apontada por alguns torcedores como uma crítica sutil ao Corinthians: “Aliás, eu não sei como o atleta vem para um clube que sabe que não vai receber. Sabe que o salário dele se paga de seis em seis meses. Poxa, não é possível”.
Na sequência, a dirigente do Verdão fez questão de mostrar como funciona a administração do Palmeiras: “Disputa um campeonato com um clube que paga tudo em dia, que às vezes deixa de contratar para não interferir nos seus compromissos financeiros, como o Palmeiras. Eu não vou fazer loucura. Por quê? Porque eu tenho responsabilidade, eu quero pagar em dia. Se você não paga em dia, você não pode contratar. Não pode!”
Discussão sobre fair play financeiro
Após os investimentos pesados por parte do Botafogo na janela de transferências, alguns clubes começaram a pedir a implantação de uma legislação de fair play financeiro. No último dia 2 de setembro, dirigentes de Fluminense, Atlético-GO, Fortaleza, São Paulo e Internacional representando a Série A, um da Série B e outro da Série C se reuniram na sede da CBF, no Rio de Janeiro, para iniciar conversas sobre a implementação de uma regra sobre fair play financeiro no futebol nacional.