A questão do Fair Play financeiro segue ganhando espaço no futebol brasileiro. E um fato que chama atenção é que mesmo SAFs seguem apresentando um cenário de ajustes, mostrando que não existe uma “solução mágica”. Um exemplo é o Botafogo, líder do Brasileirão Betano, que mudou seu modelo de gestão em 2022.
Após dois anos, o Fogão apresenta um déficit acumulado de R$ 349 milhões. Em seguida com prejuízo de R$ 212 milhões aparece o Vasco, com Bahia e América, outros dois clubes com gestão SAF com resultados negativos de R$ 144 milhões e R$ 43 milhões, respectivamente.
Porém é importante frisar que esse problema financeiro não é exclusividade das Sociedades Anônimas do Futebol. Como exemplos, podemos citar o Grêmio e São Paulo, com déficits de R$ 142 milhões e R$ 25 milhões, respectivamente.
Veja abaixo um resumo do resultado dos principais clubes do Brasil entre 2022 e 2023
SAF é solução?
O fato de várias SAFs aparecerem entre os clubes com maior déficit não deve servir para determinar o sucesso ou fracasso desse modelo de gestão.
É importante citar que se trata de algo novo no Brasil. Dessa forma, é necessário mais alguns anos para podermos analisar de melhor forma as Sociedades Anônimas do Futebol.
O próprio gráfico acima deixa isso claro. Basta ver que o Cuiabá, time que nasceu como clube-empresa, vem de um cenário de superávit. Inclusive o Dourado é um dos clubes que possui uma das melhores relações entre despesas x receitas com futebol, gerindo bem seu fluxo de caixa, logo atrás do Flamengo.
Outro exemplo recente é do Fortaleza, mas que vem de uma gestão elogiável há tempos e se tornou SAF recentemente.
Em relação as demais SAFs. será necessário acompanhar as movimentações dos clubes nos próximos anos, principalmente do Botafogo, que apresentou um desempenho ruim entre 2021 e 2022, mas teve um resultado melhor em 2023.