Home Mídia Esportiva Boni relata quase ter demitido Galvão Bueno da Globo: “Por um triz”

Boni relata quase ter demitido Galvão Bueno da Globo: “Por um triz”

Lendário ex-diretor da emissora lembrou gafe do narrador no começo da carreira, mas o elegeu o melhor da história da TV brasileira

Marco Maciel
Marco Maciel é jornalista que atua cobrindo futebol brasileiro, com ênfase para o futebol gaúcho com Internacional e Grêmio e para a mídia esportiva. Graduado em jornalismo pela pela PUC-RS, em 2007, está no Torcedores.com desde 2022; passou pela redação e assessoria de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade); edita o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004; e passou a escrever para o site NasPistas.com a partir de 2023.

Galvão Bueno, narrador (Reprodução/Globo)

José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, lançou recentemente o seu segundo livro contando as memórias que viveu como empresário, publicitário e todo-poderoso da Globo. Em O Lado B de Boni (Best-Seller), comentou sobre sua relação com Galvão Bueno.

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O ex-diretor que implementou o famoso Padrão Globo de Qualidade o definiu como o maior narrador esportivo de todos os tempos da televisão do Brasil.

Entretanto, lembrou de um episódio em que quase demitiu o locutor, quando ainda era um novato na Vênus Platinada.

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Contratado em 1981, Galvão Bueno estreou na Fórmula 1 pela Globo narrando o GP da África do Sul de 1982, a primeira corrida daquela temporada.

Entretanto, errou o vencedor da prova, ao anunciar o argentino Carlos Reutemann como o vitorioso, sendo que o francês Alain Prost é quem havia triunfado.

“O Galvão não perdeu o emprego por um triz. Dava mesmo para se confundir, e eu entendi o que aconteceu”, justificou Boni, que complementou: “O Galvão foi polêmico? Foi, e muito. Cometeu gafes? Dezenas. Mas o Galvão é assim mesmo: livre, natural, autêntico”.

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Galvão Bueno deu detalhes do erro

Em reportagem veiculada pela Globo em 2013, Galvão Bueno recordou o equívoco que quase lhe causou a saída da emissora.

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O jornalista atribuiu a gafe às condições tecnológicas limitadas para as transmissões de corridas da Fórmula 1 na época, no começo da década de 80.

Assim, pensava que Prost estivesse uma volta atrás de Reutemann, depois de realizar uma parada para troca de pneus. O francês ultrapassaria o argentino, mas na visão de Galvão, o futuro rival de Ayrton Senna na McLaren era retardatário.

“Narrei vitória de Carlos Reutemann. Fomos para o comercial, quando voltamos preparou-se o pódio e apareceu lá Alain Prost como vencedor”, disse Galvão.

O narrador se desesperou, acreditando que seria desligado da Globo ao descrever a aflição que passou no voo que o levou da África do Sul de volta para o Brasil.

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“Nesse momento eu falei: acabou a minha carreira. Foram oito horas e meia de volta para o Rio de Janeiro certo que eu estava demitido. Graças a Deus, o Boni me deu uma chance”, concluiu.

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