Home Futebol Zetti cita dois goleiros ousados ao reprovar modernidade no futebol brasileiro

Zetti cita dois goleiros ousados ao reprovar modernidade no futebol brasileiro

Tetracampeão do mundo não vê habilidade com os pés sendo uma grande necessidade para os jogadores da posição

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Zetti falou sobre os melhores goleiros do mundo (Reprodução/Youtube)

Zetti não é um adepto do estilo moderno em que os goleiros são construtores de jogadas. Destacando a prioridade de bons reflexos e segurança embaixo das traves, o ídolo do São Paulo vê o estilo simples sendo o mais adequado. Porém, como o futebol sofreu mudanças ao longo dos anos, houve uma sinalização de que Jorge Campos e Higuita, que tinham uma grande ousadia em sair da grande área, seriam atletas prestigiados na atualidade.

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Na visão de Zetti, o goleiro não tem a obrigação de jogar bonito. Diante da tarefa crucial de realizar defesas, apenas cumprir o dever básico em jogar com os pés é avaliado como o suficiente no futebol atual.

“O Jorge Campos, neste período, estaria muito bem. O cara saia do gol e jogava de centroavante. O Higuita…”, disse Zetti, em live do The Team Legends.

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“Mas eu não gosto de falar que é 50% de jogar com os pés e 50% (com as mãos). O goleiro tem que ter 70-80% de ser bom. Jogar com os pés se aprende, faz o essencial… não é dominar no peito e fazer uma graça. É dominar com a bola e dar passe para o companheiro. O atleta profissional tem que fazer, independente de ser bom com os pés ou não, isso é essencial para o goleiro.”, acrescentou.

Sobre o atual momento do futebol brasileiro, Zetti vê uma ausência da principal essência dos goleiros nacionais. Isso porque o tetracampeão do mundo não vê mais uma postura de chamar a responsabilidade e resolver lances complicados.

“Nós estamos perdendo a nossa essência de como joga o goleiro brasileiro que é resolver o problema. Ninguém quer segurar a bola. Segurar a bola que é bom, sair do gol lá em cima…”, opinou.

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Zetti lamenta falta de comprometimento à serviço do Brasil

Antes de virar jogador do Brasil, Zetti tinha o sonho de, inicialmente, disputar uma Libertadores. Após ganhar uma chance na seleção, o ex-goleiro encarou um cenário de extrema pressão, algo que não é mais visto devido ao distanciamento dos jogadores.

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“O meu sonho não era jogar na seleção brasileira, era jogar a Libertadores. Tinham duas vagas, campeão brasileiro e da Copa do Brasil. Era um sonho disputar uma Libertadores. Eu consegui ir para a Libertadores jogando no São Paulo. O que aconteceu com minha carreira? Fui convocado para a seleção. O meu sonho de ir para a Libertadores me levou para a seleção brasileira.”

“Ganhando de 1 a 0 ou de 5 a 0, tomava porrada. A gente se encolhia. Hoje, acaba o jogo e o cara pega o jatinho fretado e vão para os países que estão. Não escutam nada. ‘Ah, daqui a pouco vai ser convocado de novo’. A seleção não tem esse compromisso de ‘eu tô aqui pela minha pátria’. Chorar quando toca o hino nacional é para poucos.”, afirmou.

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