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Gustavo Scarpa durante jogo de ida das quartas de final da Libertadores entre Fluminense e Atlético-MG no Maracanã. (Créditos: Pedro Souza / Atlético)
A partida entre Atlético-MG e Fluminense pelas quartas de final da Copa Libertadores trouxe desafios para Gustavo Scarpa. Além da derrota por 1 a 0, o meia precisou lidar com uma discussão em campo com Hulk e a hostilidade da torcida tricolor, que não o perdoa desde sua saída conturbada do clube em 2018.
Após o apito final, Scarpa minimizou o incidente com o atacante atleticano e demonstrou tranquilidade diante das vaias do público. No entanto, sua relação com os torcedores do Fluminense parece irreversível, marcada por mágoas antigas que remontam à sua saída do clube.
As vaias, que começaram antes mesmo da bola rolar, quando o nome de Scarpa foi anunciado no telão, só reforçaram o clima hostil. Ainda assim, o jogador manteve uma postura de aceitação ao compreender o lado da torcida.
“As vaias acontecerão para sempre e está tudo certo também. Eu entendo o lado deles. Desde que eu saí, tem essas vaias”, disse o meio-campista do Galo.
“Eles foram mais felizes no primeiro tempo dessa disputa, mas eu não levo para o coração, levo na brincadeira. O pessoal xinga de um monte de nomes, mas está tudo certo. Vou levar na boa”, afirmou Scarpa após o jogo.
No jogo, que teve ambiente desfavorável para o camisa 6 do Atlético-MG, Scarpa teve participação discreta no ataque. O experiente meia teve dificuldade de encontrar espaços e não contribuiu como se espera nas jogadas ofensivas do Galo.
Entenda a bronca dos torcedores
As vaias, que se repetem desde sua saída do Tricolor das Laranjeiras, estão relacionadas com uma questão trabalhista. Na época, o jogador acionou a Justiça contra o Fluminense, exigindo uma quantia superior a R$ 9 milhões para cobrir atrasos nos pagamentos de direitos de imagem e FGTS.
Apesar do clube ter quitado as dívidas em janeiro de 2018, a relação já estava desgastada, e Scarpa optou por seguir sua carreira no Palmeiras.
Essa transição, no entanto, foi marcada por idas e vindas nos tribunais até que, em outubro de 2018, a disputa foi finalmente encerrada. O Alviverde paulista pagou 1,5 milhão de euros (R$ 9 milhões) ao Flu, valor que foi descontado das luvas, enquanto Scarpa abriu mão de receber R$ 735 mil em dívidas trabalhistas.
Atlético-MG precisa reverter cenário
Gustavo Scarpa e o Galo terão de apresentar mais do que o exibido no Maracanã se quiserem avançar para as semifinais da Libertadores.
Jogando na Arena MRV, às 19 horas (de Brasília) na próxima quarta (25), a tendência é que o Atlético-MG recebe apoio da torcida para superar o Fluminense na quartas de final da Libertadores. Porém, a situação pode mudar a depender da atuação da equipe.
