Rizek abre debate sobre fair play financeiro e cita time que deu “calote” em rival do Brasileirão
Apresentador lembrou falta de pagamento de uma equipe a outra na competição e opinou sobre o controle financeiro dos times brasileiros
André Rizek entrou na discussão sobre a entrada do fair play financeiro no futebol brasileiro, discutida por vários clubes por conta dos altos investimentos de John Textor no Botafogo, que gastaria mais do que arrecada.
Porém, para o jornalista, a questão central não deveria ser essa. Ele citou, como exemplo, o “calote” do Corinthians para cima do Cuiabá pela contratação de Raniele. O time paulista não pagou uma parte aos matogrossenses pela contratação do volante, que chegou no início do ano.
Para Rizek, esse é um problema maior a ser resolvido, já que o Timão segue atrás de nomes de peso para o elenco, mesmo sem pagar o Dourado.
“O que é muito simples é o seguinte: o Corinthians tira o Raniele do Cuiabá, não paga, o Cuiabá perde o jogador, não recebe e está disputando o rebaixamento com o Corinthians”, disparou o apresentador durante o programa Seleção Sportv.
“Aí o Corinthians vai lá e quer trazer o Depay. Acho que tem que haver um controle. O primeiro ponto do fair play é o calote”, seguiu ele.
Rizek chamou a questão de “complexa” e citou o estranhamento sobre a origem de parte da verba que entra no futebol brasileiro.
“É uma questão complexa, não é bem contra o mal. Essa discussão nasce quando bilionários russos começam a lavar dinheiro no futebol, aconteceu com o Corinthians (em 2005 e 2006). Você não tinha a origem do dinheiro. Tráfico de drogas? Negócios ilícitos? É uma questão complexa, tem vários lados, e tudo que não precisamos nessa discussão é clubismo”, deixou claro o profissional da mídia esportiva.
“Que a CBF e os clubes ouçam os especialistas e estudem o melhor modelo a seguir, e que não seja uma discussão de bem versus mal”, continuou ele.
Rizek citou “pegadinha” no fair play financeiro
O jornalista então lembrou como a questão é tratada em outros países e como isso pode ser um problema a ser solucionado no futebol brasileiro.
“Tem uma pegadinha muito difícil de ser controlada. Por exemplo, o (Rodrigo) Coutinho (comentarista do Sportv) monta um time, e eu coloco um patrocínio de R$ 1 bilhão. Eu pago quanto eu quiser. O Coutinho vai dizer que tem patrocínio de R$ 1 bilhão, então pode gastar R$ 900 milhões em contratações”, disse Rizek sobre o caso.
“Quem vai dizer se é muito ou pouco? O governo do Qatar compra o PSG, põe na camisa Qatar Airways e fala: ‘O dinheiro é do patrocínio’. É muito difícil de fiscalizar”, concluiu.