Rivellino revela postura surpreendente de Pelé na seleção brasileira: “Não vai ter igual”
Rei do Futebol não teve comportamento autoritário na conquista da Copa do Mundo de 1970
Rivellino trouxe detalhes do encaixe da seleção que venceu o tricampeonato mundial no México. Apesar do status elevado na época, Pelé tinha uma postura de humildade com os demais atletas. Neste cenário, ao longo da campanha gloriosa, o eterno camisa 10 do Brasil jamais pediu uma bola ao antigo companheiro de equipe.
“O coletivo era mais forte. Nós tínhamos o maior jogador do mundo. Para mim, não vai ter igual. Eu não vou ver outro jogador igual ao Pelé. Ele podia chegar em mim: ‘Presta atenção, toca pra mim’. Ele nunca pediu uma bola pra mim.”, disse Rivellino, ao canal Museu da Pelada, no YouTube.
Diante das opções em campo, Rivellino não tinha obrigatoriedade de sempre escolher Pelé nos passes. Confiando no talento do Rei do Futebol, o ídolo do Corinthians e Fluminense já estava ciente da movimentação em campo e sequer tinha dificuldades para achar o maior jogador de todos os tempos.
“Eu pegava a bola, se eu quisesse meter a bola para o Jairzinho, eu metia, se eu quisesse dar a bola para o Tostão, eu dava a bola para ele… a gente se conhecia. Ele (Pelé) ameaçava partir, dominava e ficava de frente pro cara. O Jairzinho queria a bola no fundo, o Tostão tinha que tocar em cima dele porque não era veloz.”, prosseguiu.
Diante do atual momento da seleção, Rivellino não tem receio de adotar uma postura de saudosismo. Como o futebol era nivelado de uma forma superior, o ex-jogador sempre faz questão de exaltar os craques do passado.
“Sabe o que eles falam? Que é saudosismo. Eu sou saudosista. Sabem com quem eu joguei e contra quem eu joguei na minha vida? Hoje se joga contra quem?”, destacou.
Rivellino destaca conduta de Maradona após falar sobre Pelé
Enaltecido por Maradona, Rivellino lembrou que o argentino tinha uma postura bastante fria longe dos gramados. Mesmo assim, o modo que o ídolo máximo da Albiceleste elevou o nome do tricampeão do mundo foi bastante valorizado.
“O Maradona era um negócio absurdo. Se ele estivesse aqui sentado e falasse com ele, ele não olhava para você. Eu nunca vi. Era um negócio dele. Ele elevou o meu nome mais ainda.”, relatou.
