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Rivellino defende Neymar e “ignora” Vinícius Júnior ao abordar crise na seleção

Tricampeão do mundo avalia que o camisa 10 não prejudica o rendimento do Brasil

Por Bruno Romão em 15/09/2024 17:24 - Atualizado há 3 meses

Neymar, em jogo do Brasil nas Eliminatórias (Vitor Silva/CBF)

Rivellino admite que é um saudosista do futebol praticado pela seleção no passado. Levando em conta o nível dos craques presentes em campo, o ex-jogador fez questão de enaltecer as antigas gerações. Neste cenário, a reflexão atrelada ao péssimo momento do Brasil apoiou o discurso do ex-jogador.

Segundo Rivellino, Neymar é o único jogador extraordinário dos últimos 15 anos no futebol brasileiro. Embora Vinícius Júnior e Rodrygo tenham surgido e sejam titulares do Real Madrid, o camisa 10 da seleção ainda é visto em outro patamar e longe de atrapalhar o time.

“Sabe o que eles falam? Saudosismo. Eu sou saudosista. Sabem com quem eu joguei e contra quem eu joguei na minha vida? Hoje se joga contra quem?”, disse Rivellino, no canal Museu da Pelada.

“Os caras falam que o Neymar atrapalha a seleção. Para mim, o último craque dos últimos 15 ou 16 anos foi ele. Você vê nossa seleção, quero ver um que você fala (que é extraordinário).”, acrescentou.

Além da ausência de gênios no Brasil, Rivellino vê o futebol em outro caminho. Isso porque o enaltecimento de goleiros e defensores, assim como uma maior valorização dos treinadores, são condições reprovadas pelo tricampeão do mundo.

“O futebol começou a mudar quando o Oliver Kahn foi considerado o melhor jogador da Copa. Antigamente, eram os meias pra frente que eram os melhores. Depois o Cannavaro que foi considerado o melhor. Eu falei: ‘O futebol acabou’.”

“Depois que o treinador é mais importante que o jogador… o treinador é importante? Muito. Mas se ele falar para não meter uma bola, eu sendo pensador, então joga você e eu saio.”, opinou

Rivellino sinaliza problema grave na seleção brasileira

Decepcionando com o rendimento do Brasil nas Eliminatórias, Rivellino acredita que o meio-campo ficou devendo. Sem o apoio necessário, os atacantes ficaram isolados no setor ofensivo, algo crucial para o revés contra o Paraguai.

“O Brasil não jogou, não existiu. Eu gosto muito do Dorival, mas ele botou um setor do meio-campo…coitado dos homens lá na frente, os três. A bola não chega, não chega, qualidade nenhuma. Zero.”, analisou Rivellino, no Cartão Verde, da TV Cultura.

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