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Rivellino aponta craque histórico que não jogaria na seleção brasileira de 1970

Ex-jogador trouxe visão diferente sobre possível encaixe de Romário ao lado de Pelé, Jairzinho e outros gênios

Por Bruno Romão em 16/09/2024 10:40 - Atualizado há 2 meses

Rivellino, ex-jogador da seleção brasileira (Reprodução/YouTube)

Ex-jogador trouxe visão diferente sobre possível encaixe de Romário ao lado de Pelé, Jairzinho e outros gênios

Rivellino avalia que Ronaldo tinha um estilo incompatível para atuar na seleção de 1970. Sem diminuir o status do Fenômeno, figura marcante do futebol, o comentarista da TV Cultura lembrou o estilo do time campeão no México. Como o eterno camisa 9 do Brasil tinha o hábito de partir para cima dos adversários e priorizar o lado individual, não seria possível um entrosamento em relação aos craques da época.

“Uma vez o Fenômeno esteve aqui com a gente. O Ronaldo é um cara gente boníssima. Eu falei para ele: ‘Ronaldo, em 70 você não jogava com a gente’. Eu falei para ele: ‘O Romário jogava em 70 porque tinha a característica de 70′”, afirmou o o jogador tricampeão mundial com a seleção brasileira.

“O Ronaldo é o Fenômeno, adoro ele, é um monstro. Mas, se você jogar a bola pra ele, esquece que a bola não volta. Ele sempre se posiciona para pegar a bola no mano a mano e ir para cima driblar”, disse Rivellino, ao canal Museu da Pelada, no YouTube.

Ao contrário de Ronaldo, Rivellino acredita que Romário poderia se encaixar na seleção de 1970. Isso porque o Baixinho costumava sair da área e abria espaços para os companheiros, algo recorrente com Bebeto no tetra. Neste cenário, Tostão admitiu que sairia da equipe para a entrada do compatriota.

“O Romário jogava (diferente). Tanto é que o Tostão falou na época: ‘Eu sairia para o Romário jogar’. O Baixinho saia (da área). (Ele jogaria) pela maneira de jogar em 70”, opinou.

Dono de uma grande qualidade, Rivellino costumava surpreender os zagueiros estrangeiros. Diante do receio dos marcadores em ficar para trás, o tricampeão do mundo com o Brasil tinha mais tempo para pensar nas jogadas e ganhar vantagem no setor ofensivo.

“Por que eu dava o drible? Eu ia jogar contra os caras que me marcavam, principalmente os gringos. Na hora que desse, eu dava um elástico no cara, em qualquer posição. Quando eu pegava na bola, ele deixava eu pensar um pouco mais”, relatou.

Rivellino valoriza status de Neymar na seleção brasileira

Lamentando o atual momento do Brasil, o ex-jogador enxerga atacante do Al-Hilal sendo o único craque extraordinário presente na seleção. Sem a presença do camisa 10, o ex-jogador considera que existe uma falta de protagonismo individual, situação vista nos últimos jogos das Eliminatórias.

“Os caras falam que o Neymar atrapalha a seleção. Para mim, o último craque dos últimos 15 ou 16 anos foi ele. Você vê nossa seleção, quero ver um que você fala (que é extraordinário)”, destacou.

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