Paulo Nunes e Romário apontam atacante “único” no futebol brasileiro: “Inspiração”
Ex-jogadores valorizam desempenho generoso que causou forte impacto na seleção
Paulo Nunes e Romário são admiradores do legado construído por Bebeto. Crucial na conquista do tetracampeonato do Brasil em 1994, o antigo dono da camisa 7 fez uma dupla histórica com o Baixinho. Neste cenário, a prioridade de sempre favorecer o coletivo da equipe ganhou o devido reconhecimento.
Observando o desempenho de Bebeto no Flamengo, Paulo Nunes buscou se inspirar em um dos ídolos. Totalmente convicto, o comentarista da Globo não houve dúvidas em incluir o tetracampeão entre os melhores craques brasileiros da história.
“Eu sempre fui muito fã do Bebeto. Eu tenho três caras que eu sempre fui muito fã: Bebeto, Renato Gaúcho e Careca. Eu joguei contra e era muito difícil marcar o Careca, era absurdo. Mas eu vou no Bebeto. Depois do Zico, foi o único cara dele ser meu ídolo. É minha inspiração. Eu até imitava e queria ser o Bebeto. No Flamengo, eu via o Bebeto e falava: ‘Eu tenho que jogar isso’, porque ele era magrinho e ágil.”, disse Paulo Nunes, ao Canal Wamo.
Sem nenhum tipo de vaidade, Bebeto se mostrava um parceiro ideal para qualquer atacante. Levando em conta a postura exemplar nos gramados, Paulo Nunes também absorveu o comportamento para evoluir no setor ofensivo.
“O Bebeto sempre foi como eu. Ele tinha ambição do gol, mas não era tudo para ele. O Bebeto era parceiro. Se você tivesse bem, ele daria (a bola). Tem outros atacantes que só dão a bola quando não tem jeito de resolver e arruma outro jeito para receber de novo. O Bebeto era parceiro, destruía, mas não tinha a vaidade de ser protagonista. Sempre foi um cara que eu admirei muito.”, finalizou.
Romário elege Bebeto como o melhor parceiro de ataque
Apesar dos atritos políticos recentes, Romário não diminui a importância de Bebeto para o sucesso em campo. Enaltecendo a parceria na Copa do Mundo de 1994, o Baixinho não teve dúvidas sobre o melhor companheiro de ataque da carreira.
“A Copa coroou tudo que a gente fez junto com a camisa da seleção brasileira. É uma coisa que nunca vai ser esquecida. Se hoje as pessoas falam de grandes duplas, com todo o respeito, Bebeto e Romário é a maior dupla que eu já vi na história do futebol. Eu sempre falei e vou repetir: com certeza, o Bebeto foi o melhor parceiro que tive na minha vida. Um dos caras mais f*** que conheci no futebol.”
“O Bebeto me completou, como eu completava ele também. Começamos nas Olimpíadas de Seul em 88, onde fomos prata. De lá para cá, a gente ganhou tudo, tirando Olimpíadas. A gente tinha essa consciência que ali (Copa de 94) era para fechar a dupla com chave de ouro. E a gente se entregou um para o outro”, contou Romário, na série Tetra pelo Tetra.