Home Esportes Paralímpicos Paralimpíadas: jornalista diz que quebra de recordes é “inclusão social”

Paralimpíadas: jornalista diz que quebra de recordes é “inclusão social”

Megaevento já registrou 55 novos recordes em cinco dias de competição; jornalista é cadeirante

Carlos Lemes Jr
Olá! Sou Carlos Lemes Jr e sou Jornalista formado, desde 2012, e no Torcedores, desde 2015. Matérias exclusivas pelo site publicadas nos portais IG, MSN e UOL. Escrevo sobre: futebol, mídia esportiva, tênis e basquete. Acredito que o esporte seja uma ótima ferramenta de inclusão, pois, sou cadeirante. Então, creio que uma das minhas "missões" aqui no Torcedores seja cobrir esporte paralímpico. Hobbies: ler, escrever e escutar música.
 Jerusa Geber dos Santos e o guia Gabriel Aparecido dos Santos ao lado do display mostrando novo recorde mundial nas Paralímpiadas (Ezra Shaw/Getty Images)

Jerusa Geber dos Santos e o guia Gabriel Aparecido dos Santos ao lado do display mostrando novo recorde mundial nas Paralímpiadas (Ezra Shaw/Getty Images)

As Paralimpíadas podem chamar atenção por modalidades como o goalball ou pela especificidade de cada competidor. Mas o fato é que o megaevento, já apresenta mais quebra de recordes do que o verificado no megaevento das Olimpíadas.

E para Jairo Marques, jornalista e cadeirante, o número maior de novas marcas mostra a evolução continua do paradesporto e da sociedade em geral.

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“Há uma questão social que se modifica e evolui. Se ter uma deficiência, a uma década atrás, era sinal de fracasso, de vida perdida, de falta de esperança, cresceu nos últimos anos a pressão por inclusão e por naturalização de ser diverso em aspectos físicos, sensoriais e intelectuais.”, explica Marques, em seu blog Assim Como Você, na Folha de S.Paulo.

Ainda segundo o jornalista, 55 marcas mundiais ou Paralímpicas, já foram quebradas em cinco dias de competição em Paris. Esse número, também tem uma explicação que parte das próprias pessoas com deficiência e do aumento da acessibilidade.

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“Antes, essas pessoas tinham vergonha de se expor e medo de se tornarem alvos de capacitismo. O preconceito contra pessoas com deficiência— além de enfrentarem barreiras arquitetônicas e de acessibilidade que dificultavam sua participação. Nada disso desapareceu, mas, sem dúvidas, se amenizou.”, completa Marques.

Brasil quebra recorde mundial no atletismo

Um exemplo da tese do jornalista pode ser explicado pelo que aconteceu na manhã da última segunda-feira, 2 de setembro, com a brasileira Jerusa Geber dos 1.500 metros classe T11 do atletismo, que possui atletas com deficiência visual nas Paralimpíadas.

Na prova semifinal, Geber estabeleceu uma nova marca mundial com o tempo de 11s80, quebrando por três centésimos a antiga marca, que pertencia, a própria Jerusa, desde 2023.

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“Não sei se eu ria, se eu chorava. Eu só comecei a acreditar. A gente espera que esse ouro venha. Espero que nessa final dê tudo certo. No Rio, em Tóquio, eu cheguei como favorita e não deu certo. Aqui tem que dar, em nome do Criador vai dar certo”, comemorou ela, em entrevista ao SporTV, também na última segunda. A final dos 1.500 metros acontece na tarde desta terça (3).

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Dono do blog, quem é Jairo Marques

Formado em jornalismo pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, o também repórter especial, tem pós-graduação em jornalismo social pela PUC-SP. É colunista de Cotidiano, escrevendo sobre diversidade e valores humanos. É cadeirante desde a infância por conta de paralisia infantil. 

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