A jornalista Milly Lacombe detonou o fato de o Palmeiras não ter afastado Caio Paulista após sua ex-namorada ter registado um boletim de ocorrência por violência doméstica em São Paulo.
O lateral, que é titular da equipe, foi acusado por Clara Monteiro, que prestou depoimento na 1ª Delegacia de Defesa da Mulher na segunda-feira (17). Ela publicou imagens de marcas pelo corpo após as supostas agressões do atleta do Alviverde.
“Tomando conhecimento do registro de um BO contra o atleta, o Palmeiras soltou uma nota dizendo que não tolera violência de gênero”, escreveu Milly Lacombe em sua coluna do UOL Esporte.
“Mas vejam, na prática tem tolerado. Tolerou o machismo de Abel Ferreira contra a jornalista – que é uma espécie de violência de gênero – e está tolerando as acusações contra Caio Paulista”, apontou a jornalista.
“Sobre a denúncia contra Caio Paulista, quando um depoimento do tipo feito pela ex-namorada chega a público o empregador deve, de bate-pronto, levar em consideração o que diz a suposta vítima”, seguiu a comentarista em sua publicação.
Milly Lacombe pediu afastamento do atleta do Palmeiras
Segundo a jornalista, a acusação de violência doméstica é diferente de outras. Para Milly Lacombe, o atleta deveria ser afastado até que prove ser inocente, o que não foi feito pelo Palmeiras.
“Ah, mas Milly, o Caio é inocente até que se prove o contrário. Sim, ele é inocente até que se prove o contrário. Mas, em casos de violência de gênero, as ações são um pouco diferentes daquelas, digamos, de Caio Paulista ser acusado de assaltar um banco ou promover esquemas de pirâmides financeiras”, analisou a comentarista.
“Por que? Porque a palavra da suposta vítima tem valor de prova (…) O caso é grave, as acusações são gravíssimas e precisamos proteger a instituição”, seguiu Milly Lacombe sobre a falta de atitude do clube.
“Depois, se nada for provado, voltaremos a reintegrá-lo. Uma atitude como essa respeita a palavra da vítima e respeita a necessidade de o atleta precisar organizar sua defesa. Não é culpá-lo precocemente. É tomar a atitude mais responsável analisando o contexto desse tipo de crime”, concluiu a jornalista.