Mattos “descarta” o Flamengo ao eleger time com “dinheiro ilimitado” no Brasil: “O único”
CEO do Cruzeiro também fez análise em relação ao fair play financeiro dentro do futebol nacional
CEO do Cruzeiro também fez análise em relação ao fair play financeiro dentro do futebol nacional
Alexandre Mattos alertou que, mesmo sendo SAF, o Cruzeiro não possui dinheiro ilimitado. Bastante experiente nos bastidores, o dirigente enxerga apenas o Bahia sendo dono de recursos praticamente infinitos. Neste cenário, caso seja da vontade do Grupo City, o Tricolor de Aço pode montar um elenco galáctico para conquistar o Brasileirão.
“O único clube com dinheiro ilimitado no Brasil é o Bahia. Se o árabe falar: ‘Quero que o Bahia seja campeão brasileiro no ano que vem’, o Bahia vai ser. Esquece. O único time que pode falar isso é o Bahia. Pode botar o dinheiro que quiser, não acaba nunca.”, disse Mattos, ao canal do jornalista Samuel Venâncio, no YouTube.
“Não pode falar da Libertadores e Copa do Brasil porque é mata-mata, não tem certeza. Pode tomar um gol e acabou. Mas, no Campeonato Brasileiro, se o Bahia quiser, ele vai fazer. Dinheiro lá não falta. O único lugar que é ilimitado.”, acrescentou.
Falando do Cruzeiro, Alexandre Mattos deixou claro que o clube precisa de organização no atual projeto esportivo. Sem nenhum tipo de loucura, o montante investido no mercado da bola, que ficou acima de R$ 200 milhões, foi aplicado de forma responsável, tendo em vista os últimos flertes da Raposa com a falência.
“O que existe no futebol é organização e investimento. O Cruzeiro está muito organizado. Pode chorar e gritar, mas não vamos abrir mão disso. O torcedor tem que ter isso na mente. Nas vezes que foi desorganizado, o Cruzeiro quase faliu. Se não é o Pedrinho, tinha falido. O Ronaldo também. O Cruzeiro ficou três anos na segunda divisão por causa disso. Não é porque tem o Pedrinho que o dinheiro é ilimitado.”, sinalizou.
Mattos avalia fair play financeiro no Brasil
Opinando no debate sobre a implementação de uma regulamentação mais rígida para controlar os gastos, Mattos vê dois lados no assunto. Caso nenhum atraso nos pagamentos ocorra, o CEO do Cruzeiro não aprova um teto financeiro no mercado da bola. Porém, houve uma ressalva envolvendo a obrigatoriedade de manter as contas em dia.
“O fair play é importantíssimo, mas o meu entendimento é o seguinte: se o clube tem condição de fazer investimento e pagar, não vejo problema. O Manchester City se transformou porque tem um árabe pagando e pronto. Qual o problema? Não tem. O problema do fair play é quando o clube não honra (os acordos) e vem montando o time.”
“O clube contrata, monta um p… time, mas não paga ninguém… às vezes paga o salário, mas não paga empresário, luvas e as contas… vai empurrando com a barriga. Isso eu não concordo, tem que dar um basta.”, afirmou.