Vanderlei Luxemburgo fez um apelo após a seleção brasileira, fora de casa, sofrer mais um revés nas Eliminatórias. Externando o sentimento de preocupação, o técnico vê os jogadores cada vez mais afastados em relação aos torcedores. Diante do sucesso na Europa e a falta de brilho em campo, houve uma sinalização de que a empatia necessária está longe do ideal.
“A empatia da seleção brasileira é feita de dentro para fora com a reação dos jogadores. Me preocupa que os jogadores estejam fazendo sucesso fora do Brasil, são conceituados fora do Brasil, mas não conseguem criar essa empatia aqui.”, disse Luxa, em vídeo no Instagram.
Na sequência, Luxemburgo cobrou que o futebol brasileiro seja devidamente valorizado. Sem apontar que a atual geração é desprovida de talento, o treinador enxerga uma esperança que Neymar, Vinícius Júnior, Rodrygo, Estêvão e Endrick consigam “salvar” a seleção.
“Nós somos brasileiros com a nossa característica de jogar futebol. Não temos que mudar nossa essência para virar europeu. Temos que jogar o futebol brasileiro com nossa essência. Temos qualidade para isso. Falta colocar em prática nossa essência de jogar futebol.”
“Jogadores como Estêvão, Endrick, Vinícius Júnior, Rodrygo e Neymar são jogadores talentosos. Tem que botar essa essência para fora. Eles têm que criar essa empatia em campo, com a seleção e a população brasileira. Se não tiver isso, não vai funcionar.”, prosseguiu.
Luxemburgo destaca cenário inexistente na seleção brasileira
Diferentemente do passado, os jogos do Brasil, na visão de Luxemburgo, não são mais atrativos para o povo. Notando uma ausência de interesse na partida em que a seleção foi derrotada, o profissional multicampeão no país acredita que o futebol apático vem contribuindo para o afastamento.
“Eu percebi, caminhando pela rua até o local que eu ia assistir o jogo, eu não vi mais nenhum restaurante, nenhum bar, nenhum boteco, seja lá o que for, com uma televisão e passando o jogo da seleção brasileira. A empatia da seleção brasileira com a população inexiste. Não existe mais!”
“As pessoas não têm aquela imagem que tinha antigamente em que a população abraçava e tinha confiança de que seriam grandes jogos e em situações importantes do futebol. A gente via uma magia de jogar futebol. Nós não vemos mais.”, alertou.