Novamente o tema do ‘fair play financeiro’ se torna parte do debate do futebol brasileiro, em meio a um mercado agitado e com vários clubes fazendo fortes gastos em reforços; E algumas equipes querem discutir a implementação de um sistema que possa restringir tais gastos e dívidas dos clubes.
Nesta semana, com a pausa do Brasileirão para a data-Fifa, o assunto se tornou pauta de encontro da Comissão Nacional de Clubes, entidade que agrega times das três principais divisões do futebol brasileiro. Segundo o GE, os integrantes de tal organização tiveram reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (2), para iniciar conversas em relação a tal projeto.
Os clubes participantes da comissão já discutem colocar em prática normas para viabilizar o ‘fair play financeiro’ para os clubes do Brasileiro já a partir de 2025. A decisão por chamar os times para discutir o caso tem a ver com vários fatores, um deles os já citados movimentos dos clubes em busca de reforços na última janela de transferências e as dívidas que algumas equipes tem mantido, bem como a presença no Brasil de clubes que tem como acionistas de suas SAFs empresas e dirigentes que também tem outros times pelo mundo, casos de Bahia e Botafogo.
A discussão tenta ver a manutenção da ‘competitividade’ dentro do futebol brasileiro, com declarações do presidente do Flamengo, Rodolfo Landim, sobre os gastos do Botafogo com reforços durante a temporada. Curiosamente, o acionista majoritário da SAF do Glorioso, John Textor, também se declarou a favor da implementação de tal sistema, pedindo algo semelhante ao que acontece em países europeus.
Tal encontro não indicou em que passo está tal discussão, mas um novo encontro da comissão ainda será marcado para tentar discutir um plano para se ter o ‘fair play’ em 2025. No passado, a CBF chegou a tentar pensar em um regulamento para as finanças dos clubes brasileiros, através de relatório feito pelo economista César Grafietti, mas este não teve sua implementação feita.
A Comissão Nacional de Clubes é composta por dez times. sete deles da Série A do Brasileirão (Palmeiras, Flamengo, Fortaleza, Internacional, São Paulo, Fluminense e Vasco), dois da Série B e um da Série C.