Alexandre Mattos não quis criticar a Adidas pelo tratamento prioritário atrelado ao Flamengo. Levando em conta os números de vendas de camisas, o dirigente do Cruzeiro vê os torcedores rubro-negros em outro patamar no Brasil. Isso porque, no ano em que o Palmeiras mais obteve vendas de uniformes, os números não chegaram próximos do clube carioca.
Segundo os dados revelados pela Adidas, o Flamengo atingiu dois milhões de camisas vendidas. Neste cenário, não se pode reprovar as cifras do atual contrato do clube com a fornecedora de material esportivo.
“Dá para entender (a prioridade da Adidas), são 40 milhões (de torcedores). Eu conheço o pessoal da Adidas do Palmeiras. Falaram para mim: ‘Quando o Palmeiras foi campeão brasileiro, o Palmeiras vendeu 600 mil peças, e foi um dos recordes’. Chuta quantas peças o Flamengo vende no ano. Todo mundo fala um milhão. O Flamengo vendeu dois milhões de camisas.”, disse Alexandre Mattos, em entrevista ao canal no YouTube do jornalista Samuel Venâncio.
“É outro número, e outra realidade. A grandeza dos clubes, para mim, é igual. Mas os números de exposição, mídia (são diferentes). Dois milhões de camisas é muita coisa.”, acrescentou.
Atualmente, o Flamengo embolsa R$ 69 milhões por ano no vínculo com a Adidas. Segundo o GE, o acordo firmado entre as partes, até o fim de 2029, pode receber o acréscimo de bônus por conquistas em campo, motivo pelo qual o montante anual pode ficar entre R$70 e 90 milhões.
Alexandre Mattos explica decisão do Cruzeiro no mercado da boa
Priorizando o retorno ao Flamengo, Michael foi especulado no Cruzeiro. Porém, segundo Alexandre Mattos, a atual realidade do clube, mesmo sendo SAF e com investimentos milionários, não permitiu uma investida.
“O Michael, por mérito dele, os valores são altos. O empresário é o mesmo do Matheus Pereira, tem a naturalidade em se falar do assunto. Mas nunca teve uma proposta. Neste momento, não é para nós. A gente está pagando dívidas. Quem sabe, no futuro, o Cruzeiro pode subir nas receitas e no orçamento.”, contou.