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Alexandre Mattos indica “time gigantesco” que merece ressurgir no Brasil

CEO do Cruzeiro teve comprovação de grandeza de um dos principais clubes do futebol nacional

Por Bruno Romão em 09/09/2024 13:50 - Atualizado há 3 meses

Alexandre Mattos, CEO do Cruzeiro (Reprodução)

CEO do Cruzeiro teve comprovação de grandeza de um dos principais clubes do futebol nacional

Alexandre Mattos não guarda mágoa da passagem “relâmpago” pelo Vasco. Mesmo encarando problemas nos bastidores, o dirigente comprovou o tamanho do Cruz-Maltino. Impressionado com os torcedores, o atual CEO do Cruzeiro vê o clube carioca sendo merecedor de um ressurgimento entre as principais forças do Brasil.

“Foi curto, mas foi ótimo porque eu comprovei que é um time gigantesco. É uma torcida espetacular e um time gigantesco. O que eles fazem no estádio, a festa, o apoio, a paixão… quando você viaja pelo Brasil, é uma imensidão nos aeroportos. É um time gigantesco. Não deveria nem ter passado um décimo do que passou nesses últimos anos.”, disse Mattos, ao Charla Podcast.

Em relação ao trabalho no âmbito interno, Mattos não comandou o futebol do Vasco da maneira esperada. Levando em conta o comando autoritário da 777 Partners, o antigo diretor de futebol ficou “isolado” em alguns momentos, algo que sequer estava previsto no processo de chegada ao clube.

“Eu não consegui trabalhar da maneira que eu fui comunicado, se não eu não teria nem ido. Muitas coisas que foram feitas não tinha uma aprovação minha. Mas eu não era o chefe. Isso sempre aconteceu. Quando eu fui contratado, me disseram que precisavam muito da minha experiência, tinha muita coisa que estavam aprendendo… a maioria deles ficavam na Europa e são grandes profissionais.”, contou.

Sem o respaldo necessário, Alexandre Mattos não teve empatia ao longo do trabalho diário no Vasco. Neste cenário, o dirigente fazia questão de demonstrar o sentimento de insatisfação, situação que desgastou o ambiente.

“Sem tirar o meu da reta porque eu estava lá… eu confrontava, tanto é que minha relação durou pouco. Eu sou um cara de projetos longos. Fiquei cinco anos no Palmeiras, sete no América-MG e três no Cruzeiro. Não dava essa empatia daquilo que foi dito na contratação para o dia a dia. Eu não conseguia nem montar uma equipe de trabalho.”, afirmou.

Mattos aconselhou presença de Pedrinho na SAF do Vasco

Antes de chegar ao Vasco, Mattos se animou com o projeto da 777. Porém, a realidade foi bastante diferente, já que a empresa não tinha uma prioridade definida. Durante o trabalho, o ex-diretor de futebol sugeriu a integração de Pedrinho na SAF, conselho que foi ignorado nos bastidores.

“Eu perguntei várias vezes sobre o propósito, se era fazer dinheiro ou ganhar títulos. Nunca foi dito isso. Me passaram um baita projeto, mas eu não consegui alinhar as coisas, e não deu certo. A comunicação foi mal feita. Tinha uma crítica de uma frase de ‘nunca mais vai jogar sem o dinheiro que o Flamengo tem’. Eu dizia para derrubar isso. Diziam que isso ia acontecer daqui 10 anos. A torcida do Vasco não suporta isso.”

“Eu dizia para trazer o Pedrinho e diziam que não podia. Eu tinha que respeitar e obedecer. Precisava trazer uma paixão vascaína, estava muito frio.”, relatou.

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