Abel Ferreira, mesmo com as frustrações na Libertadores e Copa do Brasil, enxerga um cenário positivo no Palmeiras. Diante do calendário sem uma sequência frenética de compromissos, o técnico possui tempo para realizar ajustes para os jogos do Brasileirão e também aproveitar mais tempo ao lado da família.
Neste cenário, caso houvesse um ajuste no número de partidas, Abel Ferreira ficaria no Brasil até 2030. Feliz no Palmeiras, o técnico gostaria de desfrutar de uma maior companhia da esposa e das filhas, algo que não é possível na maior parte da temporada.
“É insano, é difícil… é um desgaste emocional muito grande. Eu consigo ter vida, assim eu consigo viver. Se calhar, e se a Leila quiser, jogando semana a semana, eu consigo ficar até 2027 ou até 2030.”, disse Abel Ferreira, após Palmeiras x Criciúma.
“Fazemos muitas viagens. O Brasil não é um país, é um continente. São jogos sem tempo de recuperação e, se nós tivéssemos uma organização que tomasse decisões difíceis, iríamos ter mais jogadores de qualidade para ingressar no futebol brasileiro.”, acrescentou.
Além do descanso, o equilíbrio mental teve influência na goleada do Palmeiras sobre o Criciúma. Levando em conta o período sem duelos no meio de semana, Abel Ferreira terá mais tempo para trabalhar o grupo antes do confronto com o Vasco.
“Tivemos tempo para viver, uma coisa que o futebol brasileiro não dá a ninguém. Isso é fundamental, por isso que eu bato na tecla de haver tempo para recuperar os jogadores. Mais (importante) que recuperar os jogadores, é o estado mental e emocional de cada um de nós.”
“Deu para vivermos um pouco, dedicarmos tempo a outra parte da nossa vida porque não somos só jogadores e treinadores. Descansar a mente e o lado emocional é fundamental.”, afirmou.
Abel Ferreira revela sonho no Palmeiras
Ganhando reforços, Abel Ferreira tem o desejo de contar com dois jogadores extraordinários em cada posição no Palmeiras. Na vitória contra o Criciúma, o português decidiu colocar Rony e Raphael Veiga no banco, decisão que mostra o nível de competitividade no elenco.
“Meu sonho aqui no Palmeiras é ter dois jogadores do mesmo nível para cada posição. A concorrência faz bem para todos, faz bem para mim, vocês, aos jogadores, ao comércio… quando não temos concorrência, a tendência é relaxarmos. Mas o pior disto tudo é o calendário insano que não deixa nenhum jogador ficar no topo um ano (seguido), quanto mais quatro ou cinco anos. É muito difícil.”, relatou.