Tostão acredita que o Atlético-MG, assim como a seleção brasileira, possui um problema criativo. Apesar da equipe com grande qualidade técnica e capacidade ofensiva, o tricampeão do mundo enxerga um exagero do Galo em bolas longas. Além disso, o atual esquema de Milito, com apenas dois homens no meio-campo, não é visto com bons olhos.
“Assim como a seleção, vários clubes brasileiros têm dificuldade em manter a bola no meio campo. Com isso, usam demais as bolas longas da defesa para o ataque, como ocorre com o Atlético-MG.”
“A equipe joga com dois alas abertos, dois atacantes pelo centro e mais um meia ofensivo e deixa apenas um ou dois jogadores no meio campo, que não conseguem ficar com a bola.”, escreveu Tostão, em sua coluna na Folha de S. Paulo.
Na sequência, Tostão indicou que a posse de bola contribui para os momentos de brilho individual. Diante da presença de Hulk, Paulinho, Scarpa e Bernard no ataque do Atlético-MG, o hábito de manter o controle no meio-campo pode ajudar na regularidade da equipe.
“Ter a bola é essencial, o básico para qualquer equipe. Obviamente não é o bastante. É necessário ter talento individual e capacidade de, no mesmo jogo, alternar a troca de passes, a posse da bola com jogadas rápidas em direção ao gol. Essa é a tendência mundial.”, finalizou.
Alertado por Tostão, Atlético-MG decepciona no Brasileirão
Ocupando apenas a 9ª posição, o Atlético-MG, vivo no mata-mata da Copa do Brasil e da Libertadores, está longe da disputa pelo título da Série A. Alvo de críticas pela falta de regularidade do Galo, Diego Milito admite que o momento é de crise técnica na temporada.
“Atravessamos uma crise, e eu sou o responsável por ela, esportivamente falando. Estamos jogando mal, enfrentando uma crise futebolística preocupante, concedendo gols com muita facilidade. Depois, o meio não está conectando com os atacantes para gerar situações de gol. Partimos para os lados, mas erramos os cruzamentos. Há finalizações, mas sem acerto.”, explicou o técnico.