Nome exponencial na história do futebol brasileiro, Tostão analisou em sua coluna na Folha de S. Paulo deste sábado (24), o quando o Brasil se mostra “carente” de jogadores de meio-campo com criatividade para armar e passe diferenciado.
No material opinativo, ele elencou três jogadores do meio-campo que foram referências dentre vários talentos já surgidos, e classificou que o futebol brasileiro parece estar indo em um caminho contrário, com a marcação sendo cada vez mais prioridade.
“Desapareceram os meio-campistas, que atuavam de uma intermediária a outra, que marcavam, constroem e avançam, como Didi, Gerson, Falcão e outros. Após décadas, isso começou a mudar, lentamente, pois não temos ainda hoje um grande craque no meio campo com estas características”, pontuou Tostão.
Na sequência, ele destacou que a seleção brasileira acabou sendo espelho no sentido de meias de talento para o futebol europeu, e acabou entrando em um cenário de regressão neste aspecto.
“A evolução na Europa foi diferente. Eles, encantados com os meio-campistas brasileiros das Copas de 1982, 1970, 1962 e 1958, passaram a formar esse tipo de jogador, como Xavi, Iniesta, Rodri, Kroos, Modric e tantos outros”, avaliou o ex-jogador.
Tostão vê erro em excesso de pontas
Ao passo que criticou as ausências de meias com qualidade, Tostão opinou que o futebol brasileiro peca no sentido de ter muitos pontas, já que estes impactam diretamente na atuação dos laterais que não costumam mais apoiar e avançar no setor ofensivo, haja visto que este espaço já se encontra ocupado.
Recentemente, em outro material publicado no jornal, Tostão chegou a sugerir que o jovem Estêvão, joia do Palmeiras e já negociado com o Chelsea, fosse aproveitado na função de meia-atacante, jogando centralizado ao invés de cair pela ponta direita, opinião esta compactuada por Djalminha, em papo no “Charla Podcast”, no último mês.