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Tostão elege meias que servem de inspiração no futebol hoje 

Tricampeão do mundo aponta seleção brasileira como fonte inspiradora para o surgimento de craques na Europa

Por Eder Bahúte em 24/08/2024 19:24 - Atualizado há 4 meses

Tostão, ex-jogador e colunista da Folha de S.Paulo - Reprodução/YouTube

Recorrendo ao passado e transitando ao futebol atual, Tostão escreveu algumas linhas a respeito da inspiração que foram os meio-campistas brasileiros nas Copas de 1982, 1970, 1962 e 1958, para a Europa e que a partir dali passaram a ‘fabricar’ atletas que com tais características técnicas.

O ex-jogador, inclusive, menciona atletas do Barcelona, Manchester City, Real Madrid e Bayern de Munique.

“Eles, encantados com os meio-campistas brasileiros das Copas de 1982, 1970, 1962 e 1958, passaram a formar esse tipo de jogador, como Xavi, Iniesta, Rodri, Kroos, Modric e tantos outros”, aponta Tosão, em coluna publicada na Folha de S.Paulo.

Para ele, porém, a evolução no Brasil acabou sendo inverso. Segundo ele, a eliminação para a Itália, em 82, trouxe uma série de discussões técnicas e táticas.

“Muitos colocaram a culpa na pouca marcação no meio campo. Por isso e outros motivos, os técnicos brasileiros dividiram o setor entre os volantes que marcam e os meias que atacam. Desapareceram os meio-campistas, que atuavam de uma intermediária a outra, que marcavam, constroem e avançam, como Didi, Gerson, Falcão e outros”, lamenta Tostão.

“Após décadas, isso começou a mudar, lentamente, pois não temos ainda hoje um grande craque no meio campo com estas características”, acrescenta o tricampeão do mundo que lamenta a ausência de um nome de peso no setor da seleção brasileira.

“Falta à seleção brasileira um craque no meio campo que reúna talento e capacidade para defender, construir e avançar. Falta porque já tivemos. Eles não existem mais porque não são formados há tempos nas categorias de base.

Tostão dá conselho para Neymar na seleção

Reconhecendo a técnica apurada de Neymar, Tostão prefere que o camisa 10 seja deslocado para estar mais próximo do gol e não posicionado no meio-campo.

Neymar, mesmo que volte em ótima condição física, não tem características para jogar de uma intermediária à outra. Deveria atuar mais perto do gol ou como uma atacante da esquerda para o centro, como jogou nos melhores momentos da sua carreira”, opinou Tostão.

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