O ex-jogador Tostão exaltou um jogador do Flamengo para exemplificar um tipo de meio-campista que não existe hoje no futebol brasileiro e também na seleção brasileira.
Em sua coluna no jornal Folha de S.Paulo, o comentarista esportivo destacou a função do uruguaio De La Cruz dentro de campo e sua capacidade de atuar ‘de uma intermediária à outra’.
Para isso, ele Tostão citou incialmente a tentativa de utilizar o meia Raphael Veiga um pouco mais recuado, algo que não dá certo, pois o atletas não tem as características necessárias para fazer a função.
“Na derrota do Palmeiras para o Botafogo, Raphael Veiga jogou mais recuado, como um camisa 8, um meio-campista. Ele também não possui características para atuar em um espaço maior. É um clássico meia ofensivo. No Flamengo, Arrascaeta é o camisa 10 e De La Cruz o camisa 8. Na seleção uruguaia não há esta divisão. De La Cruz é o titular e Arrascaeta o reserva, pois De La Cruz têm mais características para jogar de uma intermediária à outra”, avaliou Tostão.
“No futebol moderno, as grandes equipes são compactas e não existe mais divisão entre o meio-campista camisa 8 e o meia atacante, camisa 10. Os grandes meio-campistas, como Bellingham, jogam de uma intermediária à outra e fazem as duas funções”, completou o comentarista.
Tostão ainda salientou que a seleção brasileira não tem mais um jogador com essas características de jogar no campo todo com desenvoltura e que precisa voltar a ‘fabricar’ esses atletas nas categorias de base.
Tostão destaca Enner Valencia como atacante supervalorizado
O jogador equatoriano não tem conseguido emplacar boas atuações pelo Internacional nesta temporada e foi criticado pelo comentarista recentemente.
Para ele, Enner Valencia não justifica em campo todo valor que recebe da parte da mídia esportiva e dos próprios torcedores em geral.
“No Inter, valorizam demais o centroavante Valencia. Ele parece um grande atacante, mas não é. É confuso e erra demais as finalizações”, avaliou Tostão.