Carlos Eugênio Simon, árbitro brasileiro de três Copas do Mundo, defendeu Anderson Daronco após seu conterrâneo do Rio Grande do Sul voltar a ser criticado por dirigentes, dessa vez diretamente por Mário Bittencourt, presidente do Fluminense.
Daronco esteve no comando de Vasco x Fluminense no sábado (10), no Nilton Santos, pelo Brasileirão, e confirmou um polêmico gol para o Cruzmaltino, que foi às redes em jogada que contou com toque de mão de Léo Pelé, que ajeitou para o gol de Vegetti no primeiro tempo.
Após a partida, Bittencourt disse que o árbitro da partida estaria mal fisicamente e sugeriu que o mesmo aposentasse do futebol.
Em entrevista ao UOL Esporte, Simon rechaçou a fala do presidente do clube carioca e apontou para medidas que a comissão de arbitragem da CBF precisa tomar para poupar Daronco.
“Quando encerrei a carreira, em 2010, era obrigatório o árbitro parar aos 45 anos. Anos depois a Fifa voltou atrás dessa decisão. A decisão de parar ou não cabe ao árbitro, ele que tem que saber o momento certo. Para exercer a arbitragem na sua plenitude, o árbitro deve estar bem fisicamente, tecnicamente e psicologicamente”, deixou claro o atual comentarista da ESPN.
“Anderson Daronco é um bom árbitro e está sobrecarregado, apitando os principais jogos e isso gera um desgaste. Nesse caso é importante a Comissão de Arbitragem chamá-lo para uma conversa, porque ela precisa de um árbitro como o Daronco em plena forma.”
O que disse o presidente do Fluminense?
A fala rechaçada por Simon e que gerou toda a discussão sobre Anderson Daronco foi de Mario Bittencourt, presidente do Fluminense, que não aceitou a confirmação do gol de Vegetti para cima de sua equipe.
O dirigente fez revelação sobre a questão física do gaúcho e sobre alegações dos próprios jogadores que são comandados pelo árbitro nos jogos.
“Sinceramente, Daronco tem que ter humildade de parar porque está feio. Ele não consegue acompanhar o jogo. Jogadores todos comentam que ele, quando tem tiro de meta, manda esperar bater para ele poder andar até o meio de campo”, indicou Mario Bittencourt.
“Há o momento, assim como o jogador, de alguns árbitros terem essa humildade.”