Atleta sofreu com falta de oportunidades no esporte com bola e luta foi opção desconhecida
Rafaela Silva é um dos maiores nomes da história do judô brasileiro, mas poderia não ter sido assim. O caminho poderia ter sido trilhado nos gramados.
“Meu pai queria procurar algo para mim e minha irmã gastar o tempo, quando a gente não ia para escola, e na comunidade, tinha aula de dança, judô e futebol. Minha irmã foi para a dança e eu para o futebol”, revela Rafaela em entrevista ao Charla Podcast.
Porém, logo no começo das aulas ela encontrou dificuldades por ser a única menina jogando bola.
“Os treinadores deixavam eu jogar, mas eu achava meio chato, porque, na hora de competir, eu não podia. Não tinha futebol feminino e eu queria competir e os meninos não deixavam”, continua a atleta, na mesma entrevista.
Sem chance no futebol, atleta foi para o judô
Com o “não” no esporte com a bola, Rafaela Silva optou pela luta, mesmo sem nunca ter ouvido falar da modalidade olímpica.
“Eu acabei indo experimentar o judô que eu nunca tinha ouvido falar. Então, comecei ali na associação dos moradores, mas sem nenhum objetivo de competição. Era só para brincar e ocupar o tempo”, revela Silva.
“Quando eu tinha oito anos, minha família teve que se mudar, e na rua dessa casa nova, abriu uma academia que oferecia judô e eu voltei a praticar”, finaliza.
A carreira de Rafaela Silva
Fato é que a atleta de 32 anos, se consolidou como um dos maiores nomes do judô brasileiro. Sua primeira participação em Jogos Olímpicos foi em Londres 2012 onde foi desclassificada por aplicar um golpe ilegal. Na edição do Rio de Janeiro, em 2026 veio a consagração: a medalha de ouro na categoria 57 kg.
Para os Jogos de Tóquio, a carioca nascida na Cidade de Deus, não pode defender seu título por conta de uma suspensão por doping. A volta em Paris 2024 foi com um bronze pela equipe mista do Brasil.
Em campeonatos mundiais, a atleta tem mais sete medalhas: dois ouros, três pratas e dois bronzes.