Presidente do Cuiabá dispara sobre dívida milionária do Corinthians: “Já previa”
Timão não pagou parcela por Raniele e dívida vai aumentar em relação ao clube do Mato Grosso, que vendeu o atleta no início do ano
O Corinthians deu um “calote” no Cuiabá ao não pagar uma das parcelas acertadas pela compra do volante Raniele, que chegou ao clube no início de 2024. Com isso, o time matogrossense acionou a CNRD (Câmara Nacional de Resolução de Disputas) da CBF.
O clube paulista pagou apenas a primeira prestação, no valor de 800 mil euros (cerca de 4,8 milhões), mas a segunda, que venceu em 1º de agosto, no valor de 400 mil euros (R$ 2,4 milhões), não foi paga, o que gerou a reclamação do Cuiabá. Ainda restariam outras parcelas: outra de 400 mil euros, em 30 de novembro, e uma de 900 mil euros, a ser paga em julho de 2025.
Cristiano Dresch, presidente do Cuiabá, admitiu que previa que o Corinthians não pagaria o clube pela compra de Raniele.
“A prestação de janeiro foi paga dias antes do inicio do Campeonato Paulista porque senão o Cuiabá não liberaria o registro no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF”, destacou o mandatário da equipe do Mato Grosso.
“Infelizmente, a gente já previa que teria problemas com o Corinthians, até por isso colocamos uma cláusula com multa de 30% do valor total se houvesse atraso, além da antecipação de todas as parcelas a vencer.”
Presidente do Cuiabá pediu fair play financeiro
Cristiano Dresch lembrou que Raniele era titular do Cuiabá e está no Corinthians mesmo sem o clube paulista ter pago pelo atleta, o que não é justo com o Dourado.
Com isso, o presidente da equipe da Série A destacou que é necessário um fair play financeiro para que casos como esse não fiquem desta forma.
“No sistema que existe no futebol brasileiro não tem regulação de compra e venda de atletas, pagamento de salários, o famoso “fair play” financeiro. Veja: Cuiabá e Corinthians estão próximos na tabela do Brasileirão, e o Corinthians está usando um jogador que era titular do Cuiabá”, disparou Dresch, que seguiu:
“Nós não temos o atleta e nem o dinheiro. Essa prática precisa mudar urgente.”