Paulo Nunes avalia que Júnior possui um status elevado dentro do futebol nacional. Mesmo que Roberto Carlos seja considerado por muitos como o melhor lateral-esquerdo da história do Brasil, o ex-jogador atrelou o posto ao antigo companheiro de equipe no Palmeiras. Isso porque o talento visto na posição é avaliado sendo totalmente inigualável.
Deixando claro que Roberto Carlos teve uma carreira mais expressiva, Paulo Nunes, ao lembrar a experiência nos gramados, quis analisar apenas o quesito “qualidade de jogo”. Neste cenário, Júnior, de forma totalmente convicta, foi colocado acima na comparação.
“É o melhor lateral que eu já joguei. Para mim, o Juninho é melhor que o Roberto Carlos. Quem foi melhor, Juninho ou Roberto Carlos? O Juninho, disparado. Eu enfrentei os dois, joguei com o Júnior e joguei com o Roberto Carlos em todas as seleções de base.”, disse Paulo Nunes, no Palmeiras Cast.
“Não estou dizendo de tamanho, o Roberto Carlos é muito maior. Em qualidade de jogo, o Juninho é absurdo.”, completou.
Antes de chegar ao Palmeiras, Paulo Nunes contou que tinha um grande medo de enfrentar Cléber. Porém, fora dos gramados, o antigo xerife da zaga alviverde apresentava um comportamento diferente, algo que surpreendeu o ex-atacante.
No caso de Marcos, Paulo Nunes revelou que o pentacampeão do mundo, antes de explodir na carreira, estava satisfeito com a reserva. Porém, quando Velloso se machucou, Felipão não teve dúvidas em escolher o substituto na baliza do Palmeiras.
“Eu enfrentava o Clebão e tinha pavor de enfrentar ele. Eu jogava contra ele e falava: ‘Nossa, vou apanhar de novo, o Cléber vai me descascar’. Quando eu vim pra cá e descobri que o Cléber era uma moça em educação e bonzinho… se eu soubesse disso, não tinha tanto medo do Cléber.”, relatou.
“O Marcão era largado… preguiçoso pra caramba. Eu falava: ‘Esse menino não vai jogar nunca’. Por ele, ficava 20 anos no banco do Velloso. O Felipão botou ele para jogar e não saiu mais.”, acrescentou.
Paulo Nunes exalta geração vitoriosa do Palmeiras
Valorizando o esquadrão de craques visto no Palmeiras entre 1998 e 1999, Paulo Nunes destacou a qualidade extraordinária do grupo. Caso o elenco tivesse sido mantido, houve uma sinalização de hegemonia dentro do futebol sul-americano.
“O nível do nosso time… Marcão, Arce, Júnior Baiano, Roque Júnior, Júnior… vocês já viram o que o César Sampaio jogou de futebol? Eu nunca vi um cara jogar da maneira que o César Sampaio jogava. A gente tinha Alex, Zinho, eu, Ozéas, Euller, Evair, Asprilla… o nível técnico era absurdo.”
“A Parmalat ficou dois anos e teve que negociar os jogadores. Se a gente fica mais quatro ou cinco anos, era título atrás de título.”, opinou.