O tiro esportivo brasileiro quer a primeira medalha da modalidade nas Paralimpíadas de Paris. E para quebrar esse tabu, o País conta com o paulista Alexandre Galgani e o capixaba Bruno Kiefer.
Ambos embarcam para a capital francesa no próximo sábado, 24 de agosto e se juntam às equipes de vôlei sentado e tênis de mesa, que chegaram na semana passada. Os Jogos Paralímpicos acontecem de 26 de agosto a 8 de setembro.
“Agora é reta final. Estamos fazendo os últimos ajustes e me sinto muito preparado. Consegui fazer um ciclo completo e com treino muito reforçado, bem intenso. Peguei finais em mais de uma prova em etapas de Copa do Mundo na Índia e na Coreia. Nas disputas individuais de Mundiais, também”, comenta Alexandre em depoimento ao site do Comitê Paralímpico Brasileiro.
De acordo com Bruno Kiefer, a estrutura oferecida para todo ciclo de preparação está fazendo a diferença.
“Estamos com muito ritmo de competição, o que é muito importante. Além disso, tivemos apoio profissional fundamental, da equipe de psicólogos, dos treinadores.”, comentou o atleta com paralisia cerebral devido a problemas de parto.
O tiro esportivo nas Paralimpíadas
A modalidade estreou nos Jogos Paralímpicos de 1976 em Montreal. Sua prática é direcionada para pessoas com deficiência de pouca mobilidade, tanto de membros superiores e/ou inferiores.
As armas utilizadas são a carabina e a pistola e uma competição pode ter de 20 a 120 tiros com o atleta disparando em pé, deitado, ajoelhado ou em cadeira de rodas.
Primeiro ouro nas Olimpíadas
Vale lembrar que o tiro esportivo deu a primeira medalha de ouro para o Brasil em Olimpíadas com o tenente do Exército, Guilherme Paraense. A conquista veio nos Jogos da Antuérpia, em 1920, na disputa da pistola rápida. Ele é dono de um bronze, na mesma edição, só que na pistola livre por equipes.