A bocha paralímpica do Brasil é uma das modalidades que mais trouxeram medalhas em Paralimpíadas. Até a edição de Paris foram 11 pódios com seis ouros, uma prata e quatro bronzes.
E para manter a escrita no megaevento, os brasileiros contam com atletas como a pernambucana Andreza Vitória. Ela chega para o seu segundo Jogos Paralímpicos como a atual campeã do mundo na modalidade. Além de Andreza, estarão na equipe: André Martins, Iuri Tauan e Laissa Guerreira.
“Foi um ciclo mais curto, de três anos apenas. Neste ciclo paralímpico, houve mudanças nas regras, como a separação de gênero, com homens e mulheres competindo separadamente”, avalia Vitor Pereira, supervisor técnico da ANDE, organização que rege o esporte no Brasil.
“Então, precisamos fazer um novo trabalho por causa disso. Mesmo assim, conseguimos crescer durante as etapas da Copa do Mundo com bons resultados”, afirmou Pereira.
As competições da bocha em Paris 2024 começam no próximo dia 29 de agosto com o megavento paralimpíco começando na próxima quarta-feira.
A bocha paralímpica
A bocha é disputada por atletas com paralisia cerebral ou comprometimento motores severos. O objetivo do jogo é lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca. Além disso, os competidores são divididos em quatro classes no masculino e feminino:
- BC1: Opção de auxílio de ajudantes (podem estabilizar ou ajustar a cadeira do jogador e entregar a bola, quando pedido).
- BC2: Não podem receber assistência.
- BC3: Deficiências muito severas. Usam instrumento auxiliar, podendo ser ajudados por outra pessoa.
- BC4: Outras deficiências severas, mas que não recebem assistência.
Atletas do Brasil conhecem a vila das Paralimpíadas
No extracampo, alguns integrantes da delegação brasileira já tiveram a oportunidade de conhecer as instalações da vila paralímpica. Brasileiros do remo, vôlei sentado, tiro com arco, além da própria bocha não pouparam elogios ao espaço.
“É uma emoção indescritível. Passa um filme na minha cabeça, lembrando de tudo o que passei. Entrar aqui na Vila Paralímpica é muito emocionante. Estamos mostrando que podemos estar onde a gente quiser”, afirmou a paraibana Laissa Guerreira.