O surf nas Olimpíadas vem enfrentando atrasos na programação devido ao riscos das barreiras de corais, presentes na praia de Teahupoo no Taiti. Porém, esse não é a primeira polêmica ambiental que cerca um dos mais míticos locais da modalidade.
Segundo informações do jornalista Guilherme Dorini, a questão começou em setembro de 2023, quando o COL (Comitê Organizador Local) de Paris 2024, explanou a intenção de substituir a torre direcionada aos árbitros, feita de madeira, para segundo o Comitê, aumentar a segurança dos oficiais.
A ideia inicial para as Olimpíadas era demolir a estrutura de madeira, e colocar no lugar, uma torre de arbitragem feita de alumínio, orçada em R$ 25 milhões, no meio do oceano Pacífico. O novo local teria espaço para 40 pessoas com três andares, banheiro e ar-condicionado.
Tal iniciativa foi alvo de protestos de surfistas e da comunidade local da Polinésia Francesa. Uma obra assim danificaria os corais, essenciais para a formação das ondas gigantes, características daquelas praias. As ondas costumam ter de dois a três metros de altura, e às vezes podem chegar a sete.
No entanto, não é a altura que tornam aquelas ondas únicas, mas sim a combinação de tubos grandes e quedas pesadas.
Depois de muita pressão, a alternativa foi o levantamento de uma estrutura menor e mais leve, que exigiria fundações menos profundas ocasionando um menor impacto para o meio ambiente do território ultramarino da França.
Surf em Teahupoo pelas Olimpíadas tem atrasos na programação
Por enquanto, as disputas do esporte nos Jogos Olímpicos estão suspensas por conta dos riscos com os corais para os atletas. A chave masculina está na fase de quartas de final e tem dois brasileiros na disputa: Gabriel Medina e João Chianca, que se enfrentam por uma vaga nas semifinais.
Já no feminino, a competição está nas oitavas de final com as brasileiras Tainá Hinckel, Luana Silva e Tatiana Weston-Webb. Tainá e Luana, se enfrentam entre elas, e Weston-Webb encara a norte-americana Caitlin Simmers.