Ex-zagueiro do Internacional, Pinga recorda pênalti na final da Copa do Brasil de 1992: “Foi inocente”
Lance polêmico marcou a definição do título a favor da equipe colorada, na decisão contra o Fluminense no Beira-Rio
A única Copa do Brasil conquistada pelo Internacional é sempre lembrada por um dos lances mais polêmicos da história do torneio.
Na reta final do jogo decisivo da edição de 1992, o Fluminense estava conquistando o título com o empate sem gols, pois havia vencido a partida de ida por 2 a 1 nas Laranjeiras.
Depois de um escanteio, Pinga se chocou com o zagueiro tricolor Vica dentro da área. Próximo do lance, o árbitro José Aparecido de Oliveira assinalou a penalidade máxima que causou a revolta dos jogadores do Fluminense. Célio Silva converteu e garantiu a taça para o time colorado.
Em entrevista para GZH no programa Sem Filtro nesta quinta-feira (29), Pinga relembrou o momento. O ex-defensor do Internacional admitiu ter dado uma valorizada no lance capital da partida e da competição.
“Se esse confronto aí fosse no meio-campo dentro da minha área, esse cara [Vica] não iria me derrubar pela força que eu tinha”, disse Pinga. “Pro Fluminense, ele foi tão inocente que ele veio no meu corpo e não foi um choque com a força pra derrubar um outro atleta”.
O ex-colorado reforçou ter cavado o pênalti que deu a Copa do Brasil ao clube gaúcho. “Era mais fácil eu derrubar ele do que ele me derrubar. Eu fui tentar dominar a bola, a bola fugiu. Eu não tinha o que fazer. Não era preciso ter o choque porque eu não ia chutar a gol. Eu ia tentar recomeçar uma jogada para tentar finalizar e ele foi tão inocente”, analisou. “O choque não foi o suficiente para me derrubar”.
Pinga e Célio Silva lembraram gol do título do Internacional
Célio Silva foi o encarregado da cobrança do pênalti, mas Pinga complementou que não era seu companheiro de zaga quem tinha que bater. O ex-defensor contou que o cobrador oficial do Internacional era o meia Marquinhos.
O próprio autor do gol relatou que ninguém queria bater a penalidade máxima, em entrevista recente de Célio Silva para a ESPN.
“Demorou 12 minutos para bater o pênalti. Um detalhe interessante é que eu nunca fui batedor oficial de lugar nenhum. Peguei a bola achando que alguém apareceria para bater”, recordou Célio Silva, no programa Resenha ESPN. “Quando vi, todos já estavam no meio-campo. Peguei a bola, não tinha o que fazer, então fui lá e bati forte”.