Zico aponta diferencial do Palmeiras no futebol brasileiro: “Flamengo adotou outro”
Galinho indicou que os rivais estão divergindo em projeto envolvendo os jovens da base
Zico deu ênfase à mudança do Palmeiras após um período de grandes contratações. Apostando nas categorias de base, a equipe paulista vem colhendo frutos dentro e fora de campo. Isso porque os atletas formados se valorizam entre os profissionais e são vendidos por quantias astronômicas, casos de Endrick e Estêvão.
“O Palmeiras era um time de contratações, de repente começou a promover, olha quantos jogadores surgiram lá. Demora.”, afirmou Zico, no programa Resenha do Galinho.
Em relação ao Flamengo, Zico considera que o Rubro-Negro, ao contrário do Palmeiras, não vem aproveitando os jovens no time principal. Neste contexto, o ídolo do clube lembrou que, no passado, os garotos da base eram totalmente formados antes de eventuais vendas.
“O Flamengo adotou outro (modelo). Formava e vendia. Fazia em casa (os craques). Agora está vendendo, adquirindo verba e contratando mais do que o normal.”, sinalizou.
Repercutindo o aumento do limite de estrangeiros no Brasileirão, Zico não condena a presença de profissionais gringos no futebol nacional. Porém, na visão do ex-jogador, o limite de nove jogadores está acima do ideal, tendo em vista que os jovens da base acabam perdendo espaço.
“Hoje é mais fácil pegar um estrangeiro em vez de promover (jovens) […] Eu acho que os estrangeiros sempre tiveram espaço no futebol brasileiro, seja treinadores ou jogadores. Mas eu acho que o número de nove é exagerado.”, opinou.
Zico banca status do futebol brasileiro
Destacando que a Premier League cresceu por trazer apenas jogadores do mais alto nível, Zico recordou o cenário semelhante na Itália. Apesar das cifras vantajosas na Europa, o ídolo do Flamengo acredita que o futebol brasileiro está em um patamar acima e precisa de grandes craques.
“Uma das grandes vantagens da Premier League foi isso: levou só jogadores tops e de nível de seleção, o que ajuda na formação. Na Itália, quando eram só dois, estavam os melhores do mundo. Os italianos viam os melhores e isso ajudava. No Japão, se não levava um cara legal, ele olhava assim: ‘Como vou ficar na reserva para um cara desse? Só porque ele é brasileiro?’. Se vai um cara legal, ele ensina. O futebol brasileiro, me desculpe, está na frente de todo mundo para ser respeitado.”, externou.
