Ex-jogador considera que o comandante do Brasil precisa de tempo para consolidar o atual trabalho
Zé Roberto foi sincero ao avaliar o atual momento do futebol nacional. Além do declínio em campo, houve uma sinalização de que o Brasil ficou para trás de outros países na formação de técnicos. Neste cenário, a possibilidade de um estrangeiro dirigir a seleção não é vista de forma negativa.
“Se a gente não tem técnico brasileiro competente para fazer a seleção voltar o que sempre foi, tem que colocar um estrangeiro […] O futebol é muito dinâmico e de oportunidades. O Brasil ficou um pouco atrás no tempo em questão de formação de treinadores. Temos poucos treinadores competentes para assumir a seleção em uma saída de Dorival.”, disse Zé Roberto, no podcast MunDu Meneses.
Seguindo com a análise, Zé Roberto vê Abel Ferreira pronto para trabalhar à frente da seleção. Dono de um legado histórico no Palmeiras, o português, segundo o ex-jogador, tem todos os requisitos necessários para conduzir o Brasil ao sonhado hexa.
“Para mim, se for colocar um treinador estrangeiro, eu escolheria o Abel porque é um treinador que está há quatro anos no Brasil. Além de ser treinador, ele sabe lidar com os jogadores, é um treinador que sempre consegue manter o Palmeiras competitivo e resultados com títulos.”
“Ele conhece a cultura, é vencedor e conhece os jogadores brasileiros. Se eu fosse escolher um estrangeiro, o Abel seria um grande nome.”, afirmou.
Zé Roberto não cobra saída de Dorival Júnior
Embora tenha sugerido o nome de Abel Ferreira, Zé Roberto defende que Dorival Júnior tenha um voto de confiança. Sem condenar a eliminação precoce do Brasil na Copa América, o antigo dono da camisa 11 do Brasil vê a seleção no caminho certo dentro do atual ciclo de Copa do Mundo.
“O Brasil tá no caminho. Perdeu a Copa América, está em sexto (nas Eliminatórias), mas está no caminho com o que tem. Eu acredito que o Dorival convocou os melhores jogadores. Durante a competição, teve situações que ele não mexeu bem, poderia ter sido mais ousado em algumas mudanças.”
“Mas eu acho que ele está na busca de um time ideal de jogadores que possam fazer a seleção voltar o que sempre foi. O Dorival tem oito ou nove jogos pela seleção. Foi a primeira competição. É injusto muita pressão em cima dele. O time está em formação. É muito precoce. Mas ele é o melhor treinador que a gente tem hoje. Tem que seguir o trabalho e dar tempo para a reconstrução.”, opinou.