Zé Roberto aponta camisa 9 “sacrificado” na seleção brasileira: “Recebia poucas bolas”
Ex-jogador sinalizou que cenário envolvendo Ronaldo e Romário não se aplicou recentemente no Brasil
Zé Roberto, ex-jogador da seleção brasileira (Reprodução)
Zé Roberto não condena o desempenho de Gabriel Jesus na Copa do Mundo de 2018. Embora o atacante sequer tenha balançado as redes no torneio, algo que motivou fortes críticas, houve uma indicação de que o modelo tático de Tite prejudicou o rendimento em campo. Isso porque, diferentemente dos casos de Ronaldo, Romário e Pelé, o camisa 9 do Brasil na competição não foi a referência no setor ofensivo.
“Eu acho que as críticas voltadas para ele são injustas porque ele era o atacante da seleção. A função do atacante é fazer gols. Se o atacante coloca a camisa 9, todos esperam que ele faça gol. Só que o time não jogava em prol dele.”, disse Zé Roberto, no podcast MunDu Meneses.
“Dos atacantes que defenderam a seleção brasileira, a maioria que fizeram gols em competições importantes, a seleção sempre jogou em função do Ronaldo, Romário, Pelé e outros atacantes.”, acrescentou.
Por conta do individualismo da seleção, Gabriel Jesus, na visão de Zé Roberto, recebeu poucas bolas para finalizar. Além disso, a obrigação do atacante em ajudar na marcação também foi mencionada como motivo para o desempenho discreto na Rússia.
“Com o Gabriel Jesus, eu via uma seleção muito individualista. Ele recebia poucas bolas e se sacrificava muito na marcação, tinha que voltar para marcar lateral ao invés de estar posicionado na função do atacante. São críticas exageradas e que eu nunca concordei muito.”
“Nunca teve um time que jogasse em função dele para que ele fizesse gols. Isso acabou gerando muitas críticas em cima dele.”, afirmou.
Zé Roberto prevê retorno de Neymar à seleção
Fora de combate, Neymar apenas esteve na torcida pelo Brasil na Copa América. Destacando que a volta aos gramados não será fácil, Zé Roberto considera que o principal jogador da seleção deve assumir um papel importante na Copa do Mundo de 2026.
“Nosso principal jogador é o Neymar. Tem (espaço). Vai depender da forma que ele voltar de uma lesão complicada. Eu acho que o Neymar é um jogador que, se voltar no mesmo nível que jogava, vai ajudar muito. Ele é novo, tem 32 anos. Pode conquistar muitas coisas no clube que ele joga hoje, e acredito que deva continuar na Arábia Saudita, e vai ser um dos líderes na seleção. Acredito que ele deve voltar bem.”, projetou.
