Ex-jogador destacou potencial que o atacante tinha para enfileirar dribles nos adversários e executar lances perigosos
Tostão, em dos trechos de sua coluna publicada na Folha, neste sábado (20), exaltou o lendário Mané Garrincha. Ao fazer um balanço sobre as carências do futebol na atualidade, o icônico ídolo da seleção brasileira classificou o “Gênio das Pernas Tortas” como o melhor driblador que ele já viu.
Ao longo do material opinativo, o ex-jogador destacou a carência atual do futebol brasileiro em ter meias de qualidade, destacando que há muitos ponteiros, mas cada vez menos se vê a valorização da posse de bola como objetivo. Ao citar Garrincha como o maior driblador que já viu, Tostão frisou que havia um equilíbrio neste sentido, com peças de qualidade para fazer o jogo girar na criação.
“As seleções brasileiras campeãs do mundo em 1958 e 1962, mesmo com Garrincha, o maior driblador da história, destacavam-se também pelo talento coletivo. O meio-campista Didi, magistral no passe, foi eleito o melhor jogador da Copa de 1958”, iniciou Tostão.
“Em 1970, o maestro era o meio-campista Gerson, que jogava como se tivesse um mega computador ligado ao corpo, que mostrava e calculava tudo que acontecia em campo. A seleção brasileira campeã do mundo de 1994 não tinha um grande driblador, mas possuía um genial centroavante (Romário) e excelentes jogadores em todas as outras posições”, completou o ex-jogador.
Exaltado por Tostão, Garrincha atuou em três Copas
Personagem marcante no futebol brasileiro, Garrincha foi peça de suma importância nas conquistas dos dois primeiros títulos da seleção em Mundiais, sendo garçom na conquista de 1958 e goleador na edição seguinte. O ídolo do Botafogo ainda chegou a atuar dois jogos da Copa de 1966, mas não obteve o mesmo sucesso. Ao todo, foram 12 jogos em Copas, com quatro gols e três assistências.