Romário elegeu o jogo contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, em 1993, como a sua melhor apresentação em uma partida no futebol. Em entrevista ao documentário “O Tetra pelo Tetra”, lançado nesta semana pela ESPN e Disney, o Baixinho classificou que a partida foi o pontapé inicial para a emblemática conquista do tetracampeonato no ano seguinte.
Fora da seleção por conta de polêmicas com Zagallo e comissão técnica, Romário foi convocado de última hora para a sequência final de compromissos do escrete, que estava ameaçado ficar fora da Copa de 1994. Vivendo o auge da carreira, o Baixinho chamou a responsabilidade, fazendo os dois tentos do confronto contra os uruguaios, que carimbou o passaporte dos comandados de Parreira ao Mundial.
“Pra mim, com certeza, foi o maior jogo da minha carreira. Eu posso quase te afirmar que foi um dos maiores jogos de um atleta com a camisa da seleção brasileira. Foi ali que começou a conquista do tetra. Quando me chamaram foi com um único objetivo de tirar a responsabilidade e dividir comigo”, iniciou Romário.
“Já que o povo quer, tá aqui, se a gente perder, ele também perdeu. Eu estava bem puto. Achando um grande sacanagem comigo, com vocês e com a seleção brasileira. Eu tinha a consciência de que eu podia estar ajudando, perdendo e ganhando com vocês”, seguiu o ex-jogador.
Na interpretação do Baixinho, caso o Brasil carimbasse o passaporte para a Copa do Mundo no jogo contra o Uruguai sem a sua presença, ele não iria para o Mundial dos Estados Unidos.
Romário aponta jogo mais difícil do Tetra
Em outro momento da conversa com Zinho, Romário relembrou do embate complicadíssimo que a seleção brasileira fez frente aos anfitriões norte-americanos nas oitavas de final da Copa, classificando o confronto com o maior nível de dificuldade.
O Baixinho relembrou das suas tentativas frustradas de marcar em tentos que habitualmente não perderia, e destacou o brilho do companheiro Bebeto, autor do único tento do duelo.