PVC vê seleção brasileira muito perto do fundo do poço: “Está uma zona”
Jornalista vê bagunça na CBF, cobra organização e teme futuro da Amarelinha nas Eliminatórias para a Copa do Mundo
Paulo Vinícius Coelho, o PVC, criticou a atual fase da seleção brasileira após o empate por 1 a 1 com a Colômbia, em jogo válido pela terceira rodada da fase de grupos da Copa América. Com o resultado, a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior avançou às quartas de final na segunda colocação.
Durante participação no programa Fim de Papo, do UOL Esporte, PVC afirmou que a seleção brasileira está muito perto do fundo do poço. O jornalista ainda chamou atenção para os próximos compromissos nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
“Tem uma questão de gestão muito importante. O Casão trabalhou na gestão Otávio Pinto Guimarães e Nabi Abi Chedid, que era uma zona”, aponta o jornalista.
“Tanto que o Brasil tomou 4 a 0 do Chile e foi eliminado da Copa América de 1987. Dois anos depois, já no começo da gestão Ricardo Teixeira, o Brasil levou 4 a 0 da Dinamarca”, relembra Paulo Vinícius Coelho.
“As pessoas esquecem que o Brasil levou quatro do Chile. E era uma geração com Careca, Romário, Muller”, destacou o comentarista sobre a seleção brasileira daquela época.
“O Brasil passou muito perto do fundo do poço, como está passando agora de novo. Está muito perto do fundo do poço. E tem mais: o Brasil enfrenta o Equador em setembro, em casa, e, depois, Chile e Paraguai fora. Não é impossível chegar em novembro como oitavo lugar nas Eliminatórias”, alertou PVC.
“Agora, tem uma questão que é maior do que olhar para a escolha do técnico e para a escolha dos jogadores. A CBF está uma bagunça. Tem que olhar para a organização da CBF, que está uma zona”, acrescentou Paulo Vinícius Coelho sobre a entidade responsável pela Amarelinha.
Além do alerta de PVC, Milly Lacombe acusa falta de filosofia de jogo para a seleção brasileira
Presente no debate sobre o desempenho da Amarelinha após o empate com a Colômbia ao lado de Paulo Vinícius Coelho, a jornalista afirmou que a equipe enfrentará o Uruguai como a ‘zebra’ do duelo. Para Milly Lacombe, enquanto não for estabelecida uma filosofia de jogo, o Brasil terá dificuldade para sair “desse buraco”.
“Falta filosofia de jogo para a seleção brasileira. Uma seleção precisa representar o que a gente é culturalmente. Essa seleção brasileira, há décadas, não representa o Brasil. Ela imita o que fazem as seleções europeias. Aí, a gente sempre vai se dar mal. A gente não é isso”, criticou Milly.
“Se não houver uma filosofia, a gente não vai sair desse buraco. (…) O Brasil pode passar pelo Uruguai? Pode. Mas hoje a gente joga contra o Uruguai como zebra. Olha que situação”, avaliou a comentarista.
O Brasil enfrenta a seleção do Uruguai no sábado (7), às 22h (de Brasília), em Las Vegas. Se avançar, a equipe de Dorival Júnior irá enfrentar o vencedor de Colômbia x Panamá na semifinal da Copa América.