Nesta quarta-feira (31), uma derrota por 2 a 0 contra a Espanha fez com que a seleção brasileira feminina fosse eliminada das Olimpíadas. A partida foi marcada por um elenco na retranca e por uma expulsão imprudente de Marta que saiu aos prantos do confronto. Em análise, Milly Lacombe repercutiu o lance e a jogada que deve encerrar as participações olímpicas da camisa 10.
Em programa “Destino Paris” do UOL Esporte, Milly Lacombe foi sincera e relembrou que torcer para o futebol feminino no Brasil é um “gesto político”. Na sequência, a comentarista esportiva relembrou polêmicas sobre a modalidade no Brasil e complementou: “A gente evoluiu, a gente criou um ambiente que fosse suficientemente bom para que aparecesse a melhor do mundo: a Marta. Chamada de Rainha por todos, os resultados não vêm, e a gente não consegue explicar por que”.
Para Milly Lacombe, o fim da era nas Olimpíadas da camisa 10 foi dramático: “Hoje (31), além de Rainha pode ser também vilã. A Marta conseguiu ser vilã também. Fez uma falta absolutamente desnecessária, violenta, foi expulsa. Deixou o Brasil com 10, o Brasil já estava jogando de forma muito amedrontada, muito recuada diante da melhor seleção do mundo. Mas entrou para não perder e isso não pode ser o Brasil”.
Na análise da comentarista esportiva, mesmo sem recursos, na década dos 90s era comum que a seleção brasileira atuasse ofensivamente e alcançasse resultados importantes. Porém, poupou Arthur Elias das críticas e até Marta do resultado e encerrou: “Mesmo contra as melhores do mundo, a gente devia querer mais, mas não, a gente entrou para não perder. E a gente perdeu, primeiro a Marta, depois a cabeça, depois do jogo. Quando eu vi Antonia contundida mancando, porque o Brasil não podia trocar mais, pulando em uma perna para correr atrás da espanhola, eu chorei”.