Luxemburgo reconhece a importância do núcleo de saúde no futebol, mas defende que os craques não sejam substituídos em campo. Mencionando o caso do Flamengo, o técnico, que já esteve à frente do Rubro-Negro, não vê o sistema de rodízio aplicado no início da temporada sendo algo adequado para o desempenho coletivo.
“A modernidade tem que existir, mas ela é para criar uma estrutura melhor para jogar futebol. O fisiologista, nutricionista, fisioterapeuta… essa parte de saúde é muito importante. Eles vão dizer como o jogador está. O que aconteceu com o Tite, é uma maneira de trabalhar, um revezamento com 12 jogos na temporada, é muito pouco.”, disse Luxa, em entrevista ao canal “Conte pro Conde“.
Na sequência, Luxemburgo trouxe um comparativo envolvendo Zico e Arrascaeta. Assim como o Galinho, o uruguaio, segundo a percepção do técnico, não pode deixar o campo apenas pelo cansaço. Isso porque o camisa 14 é um jogador “insubstituível” e que com apenas uma bola é capaz de garantir vitórias para o Flamengo.
“Vamos fazer uma situação: o Zico tá mal fisicamente, a fisiologia informa isso… hoje em dia, o Tite tirou o Pedro, Arrascaeta e mais dois em um jogo importante porque os dois estavam cansados. Eu não tiraria. O Zico e o Arrascaeta vão estar cansados, mas a bola que chegar ele vai ganhar o jogo. Só quem vai ganhar o jogo é o craque. O futebol é inteligência, sabedoria. A técnica faz a diferença.”, prosseguiu.
Apesar do desgaste, Luxemburgo considera que os demais jogadores precisam se doar em prol do craque da equipe. No caso do Flamengo, nomes como Pulgar, Allan e De La Cruz seriam responsáveis por suprir o cansaço de Arrascaeta.
“Não tire nunca um jogador porque ele está cansado. Alguém vai ter que correr pelo cansado. Na hora que a bola chegar no cansado, ele vai botar para dentro.”, afirmou.
Alertado por Luxemburgo, Tite explicou rodízio no Flamengo
Questionado sobre a opção de poupar jogadores, Tite garantiu que não vai adotar uma postura irresponsável no Flamengo. Neste contexto, Arrascaeta, Pedro e outros titulares absolutos, caso necessário, serão poupados.
“A responsabilidade é minha, porque sou eu que defino a escalação. Mas eu tenho muita lucidez para não ‘estourar’ um atleta numa sequência de jogos.”, explicou.