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Leão, em participação no Apito Final (Reprodução)
Emerson Leão construiu uma vasta história no futebol brasileiro. Além de segurança na baliza, um dos principais goleiros da história do Palmeiras contou com um suporte importante na defesa. Neste cenário, o posto de zagueiro mais extraordinário visto em campo, em sua análise, pertence ao desempenho de Luís Pereira.
“Eu não posso nem falar o apelido do Luís Pereira no campo porque a censura corta. Mas, entre nós, era um negócio maravilhoso. Ele foi o maior e melhor beque central que eu vi jogar e joguei com ele. E olha que eu joguei com muita gente do mundo todo e vi muita gente boa. Mas não igual ao Luís Pereira.”, disse Leão, ao Palmeiras Cast.
Somando 36 gols, Luís Pereira alcançou o posto de zagueiro com mais gols na história do Palmeiras. Ultrapassado recentemente por Gustavo Gómez, o antigo xerife na defesa do time costumava levar broncas de Leão, que reclamava da forma que o companheiro se lançava ao ataque.
“Ele era irreverente e não respeitava muito porque atacava muito. Tinha hora que não podia. A gente entrava em conflito no vestiário. Discutia e se agarrava também. Não tinha problema, amanhã estava junto.”, prosseguiu.
Em relação ao futebol atual, Leão considera que o estilo do passado era mais atrativo para os torcedores. Encarando uma série de equipes fortes, o ex-goleiro valorizou o fato do Palmeiras, com frequência, desbancar Santos, São Paulo e Corinthians.
“Eu não sou saudosista, mas o torcedor gostava mais de ver aquela fase […] O time do Santos era maravilhoso, a gente jogava e ganhava. Corinthians, São Paulo… eu tenho muita amizade com o Rivellino e a gente brinca um com o outro. Tínhamos respeito, era legal.”, afirmou.
Leão costuma brincar com Pelé
Depois dos embates em campo, Leão e Pelé se encontravam na Faculdade de Educação Física. Como costumava parar o Rei do Futebol, o ídolo do Palmeiras não perdia a oportunidade de provocar o eterno camisa 10 do Santos, que não acumulou grandes números ao encarar o arqueiro rival.
“Cansei de jogar contra o Pelé. No outro dia, a gente se encontrava na faculdade e eu ficava gozando com ele. Quem ganhava do Santos era só o Palmeiras.”
“Eu joguei muito contra ele. Ele só fez um gol em mim. Eu falei que foi porque ele errou o chute. O Santos jogava muito no Morumbi, e o mando era do Santos, nós fomos lá e acho que foi 2 a 1 para o Santos, ou 1 a 1. Ele era tão bom que não podia fazer o gol daquele jeito. Foi um chute que não pegou tão diagonal. São coisas que acontecem que a gente guarda para sempre.”, relatou.
