Home Mídia Esportiva Galvão Bueno comenta relação com Felipão pós 7 a 1: “Não podia ser bonzinho com ele”

Galvão Bueno comenta relação com Felipão pós 7 a 1: “Não podia ser bonzinho com ele”

Treinador se recusa a falar com o narrador desde a eliminação da seleção brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014

Danielle Barbosa
Jornalista. Escrevendo para o Torcedores desde 2014.
Galvão Bueno abre o jogo sobre relação com Felipão.

Reprodução/TV Cultura

Galvão Bueno não poupou críticas ao técnico Luiz Felipe Scolari após a eliminação da seleção brasileira para a Alemanha na Copa do Mundo de 2014. No entendimento do narrador, Felipão foi um dos responsáveis pela vexatória goleada por 7 a 1 no Mineirão. Porém, as falas de Galvão após a partida estremeceram a relação entre eles.

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Desde o episódio da eliminação na Copa de 2014, Felipão rompeu relações com Galvão Bueno. O treinador, inclusive, não aceitou o convite para o programa ‘Bem, Amigos’, do Sportv, apresentado por Galvão, quando foi campeão brasileiro com o Palmeiras, em 2018. Além disso, também recusou participar do documentário produzido pelo Globoplay sobre a carreira do narrador

Durante entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, Galvão Bueno abriu o jogo sobre sua relação com Felipão após o 7 a 1. O narrador afirmou não ter nada contra o treinador, mas deixou claro que não tinha como agir diferente na época.

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“Eu já convidei o Felipão pra tomar um vinho umas 40 vezes, mais ou menos. A gente gostava de tomar um vinho juntos. Nunca fomos amigos de frequentar a casa um do outro, mas um entendia o lado do outro”, relembra o narrador.

“Foi uma tragédia. Dentro dos limites do que é uma tragédia no futebol. Não é uma tragédia como tá acontecendo na Rússia e Ucrânia, não é uma tragédia como acontece entre Israel e Hamas, não é uma tragédia como o que aconteceu no Rio Grande do Sul”, ponderou Galvão.

“O Felipão diz que eu apontei o dedo do país contra ele. Podia ser mais bonzinho? Não, não podia. Era o fato. Era o momento. Era aquilo que estava acontecendo. Não fiz nada contra ele. Se ele não quer mais falar comigo, lamento”, completou.

Críticas de Galvão Bueno a Felipão

Em entrevista ao Esporte Interativo, hoje TNT Sports, o ex-treiandor do Palmeiras, do Atlético-MG e da Amarelinha desabafou sobre as críticas que recebeu do narrador após a goleada histórica. 

“Teve um colega teu, de TV, que passou dez minutos depois do jogo apontando pra mim. Hoje eu não falo para esse senhor, no caso, o Galvão Bueno”, declarou Scolari.

“Enquanto ele achar que é o todo-poderoso, um Deus, e que pode fazer aquilo que fez comigo, me jogando contra a torcida, eu fico aqui. Cada um na sua. Eu não devo nada, cada um faz o seu trabalho e segue sua vida”, afirmou.

O que foi falado após a partida

Depois do apito final, Galvão mesclou críticas e elogios ao então treinador da seleção brasileira. O narrador destacou a atitude de Scolari em reunir os atletas no campo. 

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“Sinal de que está chamando a culpa para ele, pelo menos é o que parece. Felipão vai receber jogador por jogador. Casagrande, isso é importante… a gente vem de uma (derrota na) Copa do Mundo para a Holanda e não vimos ninguém para receber os jogadores na lateral de campo”, disse.

“Bacana, o Felipão cumprimenta jogador por jogador. Felipão tem postura e hombridade por receber jogador por jogador, dar um afago. Em quem confiou depois da conquista da Copa das Confederações (em 2013). Ele deve estar dizendo ‘a culpa é minha’, ‘responsabilidade minha’, é o que deu para entender. Felipão errou, ele sabe que errou, mas atitude dele é de um líder”, acrescentou.

Já durante participação no Jornal Nacional, Galvão Bueno fez mais críticas ao trabalho da Seleção Brasileira e cobrou uma transformação. O narrador, contudo, em nenhum momento citou diretamente o treinador.

“A terrível derrota na semifinal para a Alemanha foi uma humilhação. Os 3 a 0 de hoje [para a Holanda] foram uma constatação. Em nenhum momento a Seleção Brasileira teve time para chegar à grande final de amanhã. A seleção brasileira precisa, urgentemente, de uma transformação. Seja ela tática, ou na forma de trabalhar”, disse à época.

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“O apagão dos seis minutos não pode justificar a campanha brasileira. Não foi a causa de uma derrota. Foi a consequência de um trabalho que não deu certo”, finalizou 

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