Home Futebol Edmundo aponta meia “extinto” no futebol brasileiro: “Perdemos isso” 

Edmundo aponta meia “extinto” no futebol brasileiro: “Perdemos isso” 

Ex-jogador reprova mudança que vem causando impacto negativo no desempenho da seleção

Bruno Romão
Bruno Romão atua, como redator do Torcedores.com, na cobertura esportiva desde 2016. Com enfoque em futebol brasileiro, futebol internacional e mídia esportiva, acumula experiência em eventos como Copa do Mundo e Olimpíadas. Possui diploma de bacharelado em Jornalismo pela Universidade Estadual da Paraíba.

Edmundo, ex-jogador e comentarista (Reprodução)

Edmundo vê o futebol brasileiro sendo prejudicado pela implantação de padrões táticos incompatíveis com a essência nacional. Na visão do ‘Animal’, os atletas do meio-campo estão ficando presos apenas na marcação, motivo pelo qual o setor ofensivo possui ausência de goleadores. Para embasar o discurso, o caso exemplar de Zinho foi citado no desabafo.

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Polivalente em campo, Zinho virou peça-chave no tetracampeonato mundial da seleção. Além de contribuir na marcação, o atual comentarista da ESPN se dedicava ao máximo para surgir como opção no ataque. Diante do exemplo citado, Edmundo vê o estilo em questão extinto no futebol brasileiro.

“Os técnicos, com essa obrigação tática, fazem com que os atletas fiquem presos a um sistema. Acho que a seleção brasileira perdeu muito quando perdeu suas características. O Brasil sempre ganhou no 4-4-2 e no 4-5-1 porque tínhamos muitos jogadores criativos no meio-campo e jogadores de muita transição, que sabiam marcar e chegavam na frente para fazer o gol.”, disse Edmundo, em live no canal Mundo Ed.

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“O Zinho era um meia que todo mundo falava, mas ele armava o time com perfeição e chegava na frente para fazer gol. Esse resgate precisa ser feito.”, acrescentou.

Dono de um comportamento que, às vezes, era explosivo, Edmundo não vê com bons olhos uma obediência tática total nos jogos. Neste contexto, dribles ousados e soluções criativas foram defendidas como parte indispensável do futebol brasileiro, mas que está se perdendo nos últimos anos.

“Tem pessoas obedientes e pessoas que são rebeldes. Eu sou a favor da rebeldia, de furar a bola, romper barreiras e fazer diferente, principalmente no futebol. O futebol é um teatro a céu aberto. As pessoas querem ver uma caneta, um lençol… coisas que são genuínas dos brasileiros. Nós perdemos isso.”, alertou.

Edmundo avalia postura discreta de atacantes da seleção

Em relação ao momento atual, Edmundo considera que os jogadores mais habilidosos do Brasil estão sendo tímidos. Isso porque o ídolo de Vasco e Palmeiras não enxerga Vinícius Júnior, Rodrygo e Raphinha protagonizando jogadas arriscadas para tirar vantagem da habilidade com a bola nos pés.

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“Nós perdemos até com os principais jogadores. Eu falo de Raphinha, Rodrygo e do próprio Vinícius Júnior, embora esteja fazendo muito sucesso. A gente tem que ser o futebol alegre e irreverente.”, finalizou.

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