O domínio dos clubes brasileiros na Libertadores foi tema para Andrés D’Alessandro. Ex-meia do Internacional e contratado recentemente para ser comentarista da Globo, ele conversou com a imprensa hermana sobre os motivos que explicam a disparidade técnica na América do Sul.
Para ele, a situação econômica das equipes do Brasil é mais confortável em comparação com as da Argentina. River Plate e Boca Juniors, talvez, consigam ainda fazer boas movimentações no mercado, mas a ampla maioria encontra dificuldades no caixa.
Além disso, há outros clubes que se tornaram SAF como Bahia, Atlético-MG, Vasco e Cruzeiro. Desta forma, conseguem investimentos importantes no futebol, cenário bem diferente do país vizinho.
“A questão é que Brasil segue crescendo e nós ficamos pelo caminho. Brasil continua se fortalecendo economicamente, há muitos clubes que se tornaram sociedades anônimas. Eles tem um investimento muito maior e é impossível competir contra eles. Aqui Flamengo e Palmeiras estão um passo acima dos demais”, afirmou D’Alessandro, na Radio Continental.
“Então eles tem possibilidade de contratar atletas, de ter um centro de treinamento a nível Europa. Tem possibilidade de trazer jogadores que estão no futebol europeu, de pagar salário alto, muito alto e às vezes até mais do que ganham na Europa. Existem muitos fatores que explicam esta supremacia”, acrescenta.
Citado por D’Alessandro, Flamengo tirou meia badalado do River Plate
Organizado administrativamente, o Flamengo hoje tem à disposição um cenário financeiro potente na América do Sul, tanto que pagou à vista a contratação de De La Cruz, ex-River Plate, no fim do ano passado.
Para comprar o meia uruguaio, o Rubro-Negro investiu US$ 16 milhões (R$ 77,7 milhões). Desde 2019, o clube carioca surpreendeu os rivais locais trazendo nomes importantes da Europa como David Luiz, Filipe Luís, Gerson, Everton Cebolinha, entre outros.