O ex-jogador Cafu valoriza a experiência de participar do tetracampeonato mundial da seleção brasileira. Atuando na final contra a Itália, o ex-lateral, ao longo da Copa, adquiriu uma série de aprendizados. Neste cenário, apesar do protagonismo de Romário, a presença de Mauro Silva e Dunga no meio-campo foi vista como crucial para o título.
Dono de uma grande imponência no meio-campo, Mauro Silva teve ênfase no discurso de Cafu. Formando uma dupla sólida com Dunga, o antigo camisa 5 do Brasil, além do suporte aos defensores, também costumava se lançar ao ataque. Neste contexto, poucos volantes da atualidade, na visão do capitão do penta, possuem a mesma capacidade extraordinária.
“Para você ver, nossos reservas eram Paulo Sérgio, Viola, Ronaldo, eu, Muller, Raí… que banco […] O Zinho teve uma função incrível dentro de campo.”, disse Cafu, no programa Conversa com Bial.
“Em relação ao Mauro Silva e o Dunga, eles eram referências. O Mauro Silva não errava um rebote, não errava um passe, antecipava todas as bolas, estava na cobertura de todo mundo, ele atacava, chutava para o gol… qual volante faz isso hoje? […] ‘Ah, o Brasil em 94 foi um time retranqueiro’. O Mauro Silva e o Dunga não recuaram uma bola para o Taffarel.”, acrescentou.
Confiando totalmente nos companheiros, Cafu elogiou o modo como Mauro Silva e os demais jogadores trataram os menos experientes. Diante disso, o comprometimento do elenco presente no tetra foi ressaltado.
“O Mauro Silva, para nós, além de ser o jogador que era, ele era referência. Ele falava, conversava, discutia taticamente o posicionamento de como jogar. Eu tive o privilégio de pegar uma geração vencedora e que me ensinou muito.”
“Esses caras não tem ideia, mas o que eles passaram para nós… é uma geração de jogadores vencedores, com comprometimento, soam pela camisa e estão lutando por algo melhor. Eu aprendi muito com eles.”, afirmou.
Cafu não subestima força do Brasil
Embora a seleção tenha fracassado nas últimas Copas, Cafu considera que o hexa pode ser conquistado em 2026. Como o Mundial é uma competição de tiro curto, o ex-jogador vê brecha para uma consolidação da equipe às vésperas da disputa.
“Eu coloco sempre em competições internacionais, principalmente falando em Copa do Mundo, o Brasil em primeiro lugar. Se a Copa do Mundo é hoje, nós temos uma seleção para ganhar? Temos uma seleção em formação para chegar e fazer uma excelente Copa do Mundo. Tudo pode acontecer em uma Copa do Mundo. Um detalhe, um jogo, bola parada, esquema tático…”, analisou.