Zé Elias sinaliza clube do Brasileirão que está ficando “manjado”: “Os adversários sabem”

Após o empate entre Palmeiras x San Lorenzo, Zé Elias enxerga uma situação evidente no time paulista. Por conta do ciclo vencedor envolvendo o trabalho de Abel Ferreira, o ex-jogador considera que o estilo tático do português está ficando cada vez mais “manjado”. Neste cenário, os argentinos conseguiram frear o ataque alviverde com uma marcação intensa.

“O Palmeiras, hoje, você sabe exatamente os mecanismos e as funções táticas de cada jogador. Se o Abel não criar situações novas, ele vai ter dificuldades. É o que vem acontecendo, o time tem dificuldades. “, iniciou Zé Elias, no ESPN F90.

Para embasar o discurso, Zé Elias citou o atual momento de Raphael Veiga. Discreto nos últimos jogos, o meia vem sendo neutralizado pelos defensores, motivo pelo qual houve uma cobrança para Abel Ferreira procurar uma solução para colocar fim na sequência negativa.

“O momento atual do Veiga não é muito bom. Talvez seja o pior momento do Veiga vencedor no Palmeiras. Ele não consegue uma sequência ótima de bons jogos como vinha fazendo. Ele fez três ou quatro jogos ruins, o Abel saiu em sua defesa, fez um jogo bom e voltou a jogar mal.”

“Tem que começar a perguntar porque ele joga mal. Os adversários sabem. Da mesma forma que o Abel estuda os adversários, os times conhecem (o Palmeiras).”, alertou.

No caso do San Lorenzo, Zé Elias enxerga que a lentidão do Palmeiras facilitou a vida da equipe visitante. Antes do mata-mata da Libertadores, o comentarista fez questão de alertar sobre o jogo previsível do Verdão.

“O Veiga sai pro lado, abre o corredor pro Aníbal ou pro Richard Ríos. Tem as jogadas pelos lados no um contra um, mas quando tem duas linhas de marcação fica difícil. O Palmeiras foi lento e o San Lorenzo acertou a marcação.”, analisou.

Zé Elias vê necessidade de ajuste no Palmeiras

Para que o Palmeiras consiga superar retrancas, Zé Elias defende que Abel Ferreira seja mais criativo nos jogos. Isso porque as substituições feitas não estão surtindo o efeito esperado, motivo pelo qual o técnico precisa de ousadia para alterar o esquema tático em duelos complicados.

“Ninguém vai jogar contra o Palmeiras, no Allianz Parque, de peito aberto? Não vai. Ainda mais valendo um resultado de classificação. Tem que se criar outras maneiras de jogar. Não é só na base das substituições. Adiantar um jogador, colocar dois centroavantes, transforma em três zagueiros ou linha de quatro e muda a forma de jogar.”, aconselhou.