Ao falar sobre as disputas de amistosos entre seleções nesta Data Fifa em sua coluna na Folha de S.Paulo, o ex-jogador Tostão fez grandes elogios a capacidade de criação de jogadas do atacante Vinicius Júnior, da seleção brasileira.
O campeão da Copa do Mundo de 1970, hoje comentarista esportivo, falou sobre o sistema que a Espanha utilizou na goleada contra a Irlanda do Norte, por 5 a 1, no último fim de semana, e lembrou de como Tite deixou Vini Jr. isolado na eliminação do Brasil na Copa de 2022 diante da Croácia, além de ter substituído o jogador no segundo tempo.
“A estratégia da Espanha contraria o chavão que existe no Brasil de que quando há um ponta avançado driblador não há necessidade de um lateral apoiador pelo lado. Na Copa do Mundo de 2022, Vinicius Junior ficou isolado, aberto, sem o apoio do lateral, sendo anulado pela marcação. Isso não justificava sua substituição, pois, de repente, é capaz de fazer jogadas inimagináveis!”, analisou Tostão.
Para o comentarista, a Espanha mostrou aos times brasileiros como atuar diante de um time retrancado, com até cinco defensores na última linha de marcação.
“Como a Espanha sabia que o adversário marcaria muito atrás, com uma linha de cinco defensores, colocou de cada lado um lateral e um ponta avançados. Um ficava aberto e o outro entre o lateral e o zagueiro. Confundiam a marcação. Assim saíram vários gols”, completou Tostão.
Para o amistoso de hoje (12) da seleção brasileira contra os Estados Unidos, às 20h (de Brasília), em Orlando-EUA, Tostão pede que Vinicius Júnior atue mais perto do gol adversário, como quando veste a camisa do Rela Madrid.
“Espero que Vini Jr. não jogue a maior parte do tempo aberto como ponta com função também de voltar para marcar. Ele se tornou espetacular no Real Madrid quando passou a jogar como um atacante, alternando as jogadas pelo centro e pelo lado esquerdo”, finalizou o comentarista.
Tostão ainda não vê Endrick como craque mundial
Ainda em sua coluna, o ex-atacante ainda fez uma avaliação sobre o atual momento do jovem atacante Endrick, do Palmeiras, que vai se transferir ao Real Madrid após a Copa América.
“Na vitória do Brasil por 3 x 2 sobre o México, Endrick, novamente, entrou e fez um gol. Ele caminha para ser titular da seleção e um destaque mundial. Ainda não é. Endrick precisa ser analisado pela sua técnica, velocidade, lucidez, antevisão das jogadas e finalizações, e não por ter feito um gol em cada uma das três partidas iniciais pela seleção. É uma amostragem ainda muito pequena”, analisou Tostão.