Fábio Sormani afirmou em seu perfil do X (antigo Twitter) que o dono da SAF do Botafogo, John Textor, saiu mais forte após o depoimento de Wilson Luis Seneme, chefe da comissão de arbitragem da CBF, na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, realizada no Senado Federal na última quinta-feira (6).
Seneme revelou aos senadores que o VAR não é obrigado a mostrar ao árbitro de campo todas as imagens e ângulos disponíveis, mas somente aqueles que entender como necessários para aquela jogada.
Sormani se revoltou com a fala do chefe de arbitragem do país, disse que a informação é “inacreditável”, disse que não sabia de como funcionava o protocolo, e reforçou John Textor fortalecido após a série de acusações que tem feito.
Vale destacar que o lance central analisado no momento da pergunta a Wilson Seneme foi justamente a expulsão de Adryelson, do Botafogo, na partida contra o Palmeiras pelo Brasileirão do ano passado. Na jogada, o VAR, Rafael Traci, sugeriu a expulsão do zagueiro após falta em Breno Lopes. Textor, porém, acusa o VAR de não ter mostrado todos os ângulos, já que um deles mostraria que Adryelson toca na bola antes do contato.
O que disse Seneme na CPI?
O momento central do depoimento do chefe de comissão de arbitragem, inclusive o citadopor Fábio Sormani, foi quando questionado sobre o protocolo do VAR e sobre os ângulos das câmeras mostradas ao árbitro de campo, que naquele Botafogo x Palmeiras foi Bráulio da Silva Machado.
Seneme confirmou que o VAR segue um protocolo e não mostra todos os ângulos disponíveis, podendo escolher as câmeras.
“Protocolarmente, um árbitro de vídeo não está obrigado a mostrar para o de campo todos os ângulos que estão na cabine”, deixou claro o ex-árbitro.
“Nem todos os ângulos que ele visualizou, até porque… [interrompido por um senador] Ele pode escolher. Mas é um protocolo.”
Seneme, depois, explicou o protocolo do VAR e disse que não há obrigatoriedade de checagem de todas as câmeras disponíveis.
“O protocolo VAR da Fifa estabelece que não tem obrigatoriedade de checar todas as câmeras. Senão, o jogo vai ficar interrompido por muito tempo. Não é assim que o VAR funciona.”