Rafaela Silva é esperança de medalha no judô feminino das Olimpíadas de Paris 2024
Judoca campeã olímpica no Rio em 2016 passou por reviravolta com punição por doping que a tirou da modalidade nos Jogos Olímpicos de Tóquio
Judoca desde os oito anos de idade, Rafaela Silva despontou como um dos grandes nomes da delegação do Brasil nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, em 2016. A carioca, que já era destaque do judô feminino brasileiro na categoria -57kg com a medalha de ouro nos Jogos Mundiais Militares de 2015 e no Mundial de 2013, chegou ao lugar mais alto do pódio em casa.
No entanto, a atleta enfrentou punição por doping em 2019 e ficou dois anos suspensa, sem poder disputar os Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021.
Em seu retorno, a judoca mostrou poder de reação e levou mais dois ouros, no Mundial de 2022 e nos Jogos Pan-Americanos de Satiago, em 2023. Agora, Rafaela é um dos nomes confirmados a representar o Brasil nas Olimpíadas de Paris neste ano.
Rafaela Silva vai para Jogos Olímpicos de Paris com medalhas e feitos no judô feminino na bagagem
Aos 32 anos, a judoca tem currículo de destaque nas grandes competições do esporte. Desde começou a praticar o esporte no Instituto Reação, ONG do ex-judoca medalhista olímpico Flavio Canto, Rafaela Silva acumula as seguintes conquistas:
- Medalha de ouro no Campeonato Mundial sub-20 em 2008;
- Medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos de Guadalajara em 2011;
- Medalha de prata no Campeonato Mundial de 2011;
- Medalha de ouro no Campeonato Mundial em 2013 (1ª brasileira a conseguir o feito)
- Medalha de bronze nos Jogos Pan-Americanos de Toronto em 2015;
- Medalha de ouro nos Jogos Mundiais Militares em 2015;
- Medalha de ouro nas Olimpíadas do Rio em 2016 (1ª brasileira a conquistar título mundial e olímpico)
- Medalha de ouro no Campeonato Mundial de 2022;
- Medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Santiago em 2023.
A atleta ainda teria mais dois títulos com o ouros no Pan de Lima, em 2019, e bronze no Campeonato Mundial de Tóquio em 2019. No entanto, um exame antidoping de Rafaela Silva flagrou fenoterol e atleta acabou perdendo as conquistas, além de ser punida com suspensão de dois anos longe dos tatames.
Em sua defesa, a judoca alegou que brincou com um bebê que havia feito um tratamento de asma com a substância. Porém, o tribunal não voltou atrás na decisão.
Assim, Rafaela Silva cumpriu a punição e voltou para a disputa de judô em 2022, dando sinais de uma volta por cima com o ouro no Campeonato Mundial. Já em 2023, a atleta novamente foi ao lugar mais alto do pódio, desta vez nos Jogos Pan-Americanos de Santiago.
Faltando menos de um mês para o início do judô nas Olimpíadas de Paris, Rafaela Silva é um dos nomes cercados de grande expectativa de medalha na competição, ocupando neste sábado (1º) o quinto lugar no ranking mundial da categoria -57kg.
Com a multicampeã, a delegação brasileira já está convocada para os Jogos Olímpicos deste ano, realizados na capital francesa. As provas do judô vão começar no dia 27 de junho e vão até 3 de agosto.